domingo, dezembro 31, 2006
figura do ano 2006
João Semedo
sábado, dezembro 30, 2006
o poder anti-democrático na autarquia de Fafe e o encerramento do Serviço de Urgência
A orientação da política em geral e em particular a da saúde e do poder local deve ir ao encontro dos interesses colectivos, com uma participação activa dos partidos sim, mas sem que os interesses partidários subjuguem os interesses colectivos.
Mas todos sabemos que assim não é.
E quando a hegemonia partidária (por força da maioria) é cega, prepotente e antidemocrática, então mais se faz sentir a subjugação do colectivo ao partidário.
É isto que se passa em Fafe ao nível da sua autarquia:
Com o estudo teórico de que resultou a proposta de requalificação da rede de Serviços de Urgência (que me dispenso aqui de reanalisar), prevê-se que seja encerrado o Serviço de Urgência do Hospital de S.José de Fafe.
Associações locais, grupos de cidadãos e Instituições e algumas autarquias do concelho, já exprimiram a sua posição contra tal perspectiva de encerramento.
Até o Sr.Presidente da Câmara de Fafe exprimiu muito velada e dubiamente a sua posição:
- “de que tudo fará para que os fafenses não vejam piorada a acessibilidade e qualidade da assistência médica”
- que o serviço de urgência de Fafe só serve para os fafenses irem “ buscar uma guia de marcha de transferência para Guimarães”
- “não sou contra a reestruturação de serviços, contra a racionalização de custos. Sou contra qualquer medida que seja economicista.
Palavras dum Presidente da Câmara do Partido Socialista.
Descontentes com a actuação do seu Presidente da Câmara – Dr.José Ribeiro - que com o mandato da Assembleia Municipal (AM) para “acompanhar todas as iniciativas relativas ao encerramento do SU, junto do Ministério da Saúde” nenhuma informação tem dado sobre as reuniões havidas, todos as forças partidárias da oposição na Assembleia Municipal decidiram, com base no seu Regimento, solicitar ao seu presidente - Dr. Laurentino Dias (Secretário de Estado do Desporto do actual governo) - que convocasse uma assembleia extraordinária para “fazer o ponto da situação daquilo que tem sido feito por parte da autarquia a favor da manutenção do SU em Fafe”.
A resposta do Dr. Laurentino Dias ao requerimento foi o “indeferimento” alegando que no dia 29 de Dezembro estaria programada uma AM ordinária em que esse assunto iria ser abordado.
Perante esta “ilegal” recusa, um grupo de 25 Deputados da AM decidiu formalizar, ao abrigo do mesmo Regulamento, a sua convocatória para o dia 21 de Dezembro, com o mesmo objectivo – “O encerramento do Serviço de Urgência do Hospital de S.José de Fafe”.
E o que sucedeu?
A totalidade dos membros do Partido Socialista representados na AM não compareceram, nem mesmo o seu Presidente da Mesa pelo que a Assembleia não se realizou por falta de quórum.
No dia 29 de Dezembro, antepenúltimo dia do ano de 2006, realizou-se a Assembleia Municipal Ordinária que por falta de tempo não completou a Ordem de Trabalhos onde, no seu segundo ponto tinha programado: “O Serviço de Urgência do H.S.José de Fafe”.
Mas antes da Ordem do Dia o seu Presidente da Mesa foi alvo de protestos de todos os partidos representados com excepção, óbvia, do Partido Socialista.link
E a sessão continua já no ano de 2007…
Não se exige de ninguém que pense e analise os problemas da mesma forma.
Não se pede que a maioria ceda aos interesses da minoria.
Só se considera que usar a “ilegalidade” para impedir o debate de ideias duma forma democrática e deliberadamente não comparecer e aconselhar os restantes deputados municipais a fazer o mesmo, de forma a impedir a realização do mesmo, é no mínimo:
Um comportamento deselegante e antidemocrático, nada aconselhado a um Secretário de Estado do Governo do nosso país.
sexta-feira, dezembro 29, 2006
controlo de assiduidade electrónico dos médicos
Segundo o SIM, "em Circular Informativa da Secretaria Geral do Ministério da Saúde, datada de 27 de Dezembro, são instruídos os responsáveis das instituições do SNS para cumprirem o determinado no DL 259/98 no relativo aos métodos de controle da assiduidade dos profissionais e bem assim dar seguimento às recomendações do recente relatório da então ainda denominada Inspecção Geral de Saúde."
O rastilho parece ter sido ateado.
Quem o acendeu?
Quem está a alimentá-lo?
Quem quererá apagá-lo?
Porquê nesta precisa altura a instrução da Secretaria Geral do Ministério da Saúde?
Qual o interesse do bastonário da Ordem dos Médicos de apoiar, tão prontamente, os Directores demissionários num processo estritamente laboral?
E se o SIM reafirma "não pôr em causa a legitimidade da adopção de mecanismos mecânicos ou electrónicos de controle da assiduidade dos médicos, cumpridas que sejam as formalidades legais previstas na Lei 67/98" como se compreende tanta polémica?
Para que serviu o regime experimental de um mês adoptado na ULS de Matosinhos?
Estudaram-se formas de consenso para que com este novo controlo de assiduidade dos médicos, não viessem a ser os doentes os mais prejudicados?
Os responsáveis dos Serviços Clínicos e a Administração da ULSM que fizeram?
Porque acabam “as boas vontades” com a instituição dum controlo electrónico?
Será só o controlo de assiduidade que está em causa?
Bom fim de ano 2006 esperado!
Um melhor 2007 perspectivado!
A união faz a força e com forças de igual sentido mais facilmente se alcança o objectivo.
O pretendido enfraquecimento do SNS.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
apelo do MUS
Tal lá como cá
Nas Beiras como no Minho interior
e que não seja preciso lembrar o poeta brasileiro:
Apelo do Movimento de Utentes da Saúde
No SaúdeSA foi publicado um apelo feito pelo Movimento de Utentes da Saúde (MUS) aos órgãos de comunicação social e "às forças vivas locais, órgãos e partidos políticos, profissionais de saúde e às próprias populações, no sentido de exigirem um amplo e transparente debate sobre as alterações porventura em curso nos serviços públicos de saúde, antes de eventuais alterações que ponham em risco a qualidade e proximidade de cuidados, atendendo às especificidades locais e não só às vias rápidas ora existentes, a fim de evitar futuros factos consumados".
Refere o MUS ser pretensão do Governo "integrar num único centro hospitalar os hospitais de ambas as Sub-regiões (Guarda, Seia, Covilhã, Fundão e Castelo Branco) com o objectivo de concentrar especialidades médicas e cirúrgicas, (num ponto de vista de complementaridade), que hoje estão distribuídas pelos vários hospitais, sendo, como exemplo, os serviços de obstetrícia com um único bloco de partos a localizar só num deles" o que a consumar-se, irá piorar a acessibilidade e a qualidade dos serviços assistenciais aos doentes em geral e mais especificamente às grávidas desta vasta e progressivamente deserta e "desiquilibrada" zona do interior do país.
O mesmo considera relativamente ao encerramento de serviços de atendimento permanente de centros de saúde no período nocturno e ao processo de requalificação das urgências hospitalares que o MS prevê concretizar no início do próximo ano de 2007.
Repito “tal como por aqui” os mesmos problemas... as mesmas preocupações...
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o nascimento de Mariana
Aqui, não há lugar à defesa da existência duma Maternidade por perto ou a acções de protesto contra o encerramento de alguma das muitas Maternidades encerradas há bem pouco tempo, já que bem perto da Estação de comboios de Vila Nova de Gaia, existe um Hospital com um Serviço de Urgência que alguns exigem que seja "Polivalente" ao contrário do previsto "Médico-cirúrgico".
Tão pouco o INEM pode ser criticado, já que segundo o jornalista do JN teria chegado (com o meu espanto) três minutos depois… pese embora o parto já se ter consumado.
Haverá sim aqui, mais um forte argumento para o Governo de José Sócrates se apoiar na defesa intransigente da necessidade dum TGV em Portugal...
Talvez com este comboio de alta velocidade cheguem rapidamente a uma qualquer Maternidade onde possa vir a ter "apeadeiro" o TGV, potenciais parturientes que venham a necessitar de cuidados de obstetrícia.
terça-feira, dezembro 26, 2006
controlo de assiduidade na ULS de Matosinhos
E no seu comunicado, com data de 20 de Dezembro, publicado na sua página da Internet refere:
"O SIM, não pondo em causa a legitimidade do sistema de controle com a qual o CA pretenderá contornar a incapacidade de algumas chefias na gestão dos recursos humanos e em simultâneo mostrar que é pioneiro em Portugal, manifestou ao CA da ULS registar a existência de irregularidades formais no processo e a sua preocupação pelas implicações da medida sobre a eficiência e produtividade do desempenho médico que se irá inevitavelmente repercutir na actividade assistencial."
Se por um lado o SIM não questiona a legitimidade do sistema de controlo, por outro lado, prognostica que com ele, a eficiência e a produtividade da ULS de Matosinhos vão ou poderão ser afectadas, propondo por tal a sua suspensão.
E prognosticam-na em que base?
Segundo o SIM "os médicos vão começar a usufruir de um horário de saída e a terem que programar os actos médicos em conformidade com o mesmo".
Ironicamente diria que o médico (como qualquer funcionário) também usufrui dum horário de entrada e do mesmo modo, a programação dos actos médicos (como sempre foi e nada impede que o possa e deva continuar a ser) deve ser realizada para o período de trabalho que medeia entre a entrada e a saída.
Não me parece, da mesma forma correcto, esgrimir argumentos (caso se aplique este sistema de controlo) com uma inevitável exigência do "cumprimento de prerrogativas legais como o gozo de folgas compensatórias por trabalho em dia de descanso semanal" já que estas prorrogativas sempre existiram e há que as salvaguardar.
Se estas prorrogativas não são "utilizadas" é porque a "boa vontade e dedicação" ao Serviço/Instituição existe (muitos serão os casos) e assim sendo não se vê motivo para que elas não continuem a existir ou então porque (nalguns casos também) existem "telhados de vidro" contra os quais esta "utilização" é ou pode ser arremessada tornando-a assim diminuída na sua força legal.
Parecem-me ser argumentos pouco ou nada valorizáveis para contrariar qualquer metodologia de controlo da assiduidade seja ela qual for.
Contudo, a esmagadora maioria dos Directores de Serviço/Departamento do Hospital Pedro Hispano terão afirmado "não entenderem como as novas regras assegurarão um funcionamento eficaz dos serviços, que não foi acautelado o impacto na gestão de recursos humanos nem as particularidades próprias dos vários serviços, que não houve reunião atempada do Conselho Médico onde a medida pudesse ter sido questionada eficazmente".
Aqui, sim.
Há que dar valor e importância a estas afirmações assim como faltam aqui afirmações sobre a importância das responsabilidades individual (chefias incluídas) e do grupo (Serviço).
Mas tratou-se dum regime experimental, este que foi instituído na ULS de Matosinhos e como experimental devia ter sido assumido.
Durante este período deveria ter havido diálogo com as chefias intermédias e estudado formas de adaptação do sistema ao funcionamento dos Serviços e vice-versa, acautelando-se assim o "impacto na gestão dos recursos humanos".
Mas estas exigências de diálogo, a avaliação do sistema e as propostas de formas adaptativas, deveriam ter partido do próprio sector em causa – o sector médico.
E como estas exigências e a sua concretização, são importantes em qualquer processo de mudança que se queira eficaz e mobilizador, seria de bom tom que o CA da ULS de Matosinhos mantivesse o "regime experimental" até que estes pressupostos sejam concluídos, por forma a que a "perspectiva de demissão generalizada das chefias médicas intermédias e de agudização da conflituosidade interna" não ponham "em causa a eficácia e celeridade do atendimento dos doentes servidos pela ULS de Matosinhos".
Na ULS de Matosinhos ou em qualquer outro Hospital em que um sistema de controlo de assiduidade se pertenda instituir.
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interregno nas festas
Balanços serão feitos mas a unanimidade não existirá.
“a economia, as contas públicas e o emprego estão a melhorar “passo a passo” em Portugal” José Sócrates
Uns satisfeitos, outros nem por isso.
"O Governo, consciente de que os ouvidos, olhos e demais sentidos, estão muito mais sensibilizados para o que é “light”, vai legislando e reinando como se o país fosse um feudo em que não há lugar para ouvir os cidadãos". Nassalete Miranda
Tal como alegria ou desilusão das crianças ao receberem as prendas de Natal …
“Quero dirigir-me em particular aos idosos com menos recursos, porque são esses que verdadeiramente mais precisam da nossa solidariedade. O Governo continuará a fazer tudo o que está ao seu alcance para lhes dar condições para uma vida digna livre da pobreza, como não pode deixar de ser numa sociedade que se quer respeitar a si própria e que tem a ambição de ser mais justa” José Sócrates
comparada com a hipocrisia das prendas trocadas e comentadas “entre os adultos”.
“a interrupção voluntária da gravidez é o regresso ao tempo dos ‘expostos’, dos meninos da roda dos mosteiros da Idade Média, onde eram abandonados os recém-nascidos indesejados”. D.João Miranda, substituto do bispo do Porto
domingo, dezembro 24, 2006
sábado, dezembro 23, 2006
Que estudos terão feito a Sonae Capital e Espregueira Mendes para se dedicarem a tanta benevolência?
Há um ditado popular que diz:
“Se queres bom alhal, semeia-o pelo Natal”
É a altura. Não a do Natal mas a desta Legislatura.
Sabemos que algo está a mudar para que a despesa em saúde suportada pela iniciativa privada esteja a aumentar, neste caso também em despesas não reembolsáveis.
Também sabemos que é competência do Estado, “Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade”.(Artigo 64.º- 3.d - CRP)
Será que estão a ser previstas as contrapartidas futuras que a sociedade portuguesa possa vir a ter quando as despesas da iniciativa privada, começarem a ser selectivas?
Que papel ficará destinado ao SNS que progressivamente se vai afastando de responder, através do SNS “universal e geral” e ”tendencialmente gratuito “, por forma a assegurar o direito à saúde dos cidadãos?
Sim.
Há que semear para colher!
Há que dar e dar, para em troca receber!
E falamos nós de uma “unidade médica de referência em Portugal que pretende constituir um contributo significativo para a consolidação da aposta da Câmara Municipal na afirmação do Porto como Cidade da Ciência”
Que raio de Ciência a nossa!
Estiveram presentes todos os médicos do Serviço, a quase totalidade dos enfermeiros, auxiliares de acção médica também.
Dum nada, a um serviço com provas dadas.
Elogios ao esforço e dedicação de muitos, senão de todos.
Alvo de inveja.
De cobiça também.
Dia 22 de Dezembro, de lembrança triste que todos recordaram.
Ironia das datas e dos anos que passam.
Pelo colega, pelo profissional, pelo Homem, pelo poeta.
O Serviço de Ortopedia – Dr.António Antão, do Hospital de S.José de Fafe ficará para sempre.
Tudo recordaremos.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
a certeza das palavras
"Mais de 90% dos doentes que recorrem às urgências têm alta, o que significa que não eram assim tão urgentes"
"Pode não ser a solução ideal mas é melhor que a actual"
"A libertação dos anestesistas das urgências poderá diminuir as listas de espera das cirurgias"
"Catorze serviços vão mesmo fechar mas em sua substituição mais centros de saúde terão consultas abertas"
Palavras de quem sabe o que diz, baseado na prática e na evidência.
Palavras dum médico, formado médico num Hospital Central, especializado em anestesiologia num Hospital Central, director dum serviço num Hospital Central, mas perfeito conhecedor da realidade nacional e dos Hospitais Distritais.
Tal como CC.
Tal pai, tal filho.
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quarta-feira, dezembro 20, 2006
consensos sem pressões na proposta da rede de Urgências
Contou, segundo parece, com argumentos contra, dos deputados da oposição.
Mas desconhece-se, pela notícia, se os deputados da maioria tomaram posição a favor e se assim sucedeu se o exprimiram de forma voluntária e sem pressões. Público
De uma coisa estamos certos.
A de que a Comissão e o seu Presidente em particular, nunca teriam sido pressionados pelo Executivo, "existindo antes consensos que resultaram do debate, nomeadamente com as Administrações Regionais de Saúde e com a Direcção-Geral da Saúde ".
Estes consensos aqui assumidos e já de todos conhecidos terão sido alcançados no pressuposto de que algo deveria ter que mudar, de que algo teria que ser feito para que os cortes orçamentais impostos ao sector da saúde fossem aplicados.
Aos encerramentos das Maternidades e dos SAP, haveria que dar seguimento aos encerramentos dos Serviços de Urgência Hospitalares e no futuro a encerramento de Serviços em unidades hospitalares com base na criação de Centros Hospitalares.
A isto não se chama “pressão” do executivo. Chamar-lhe-ia antes “condicionalismos de consenso” com as ARS e DGS, para que a aceitação de qualquer proposta por parte do executivo fosse viável.
As regras da distância quilométrica, do tempo de deslocação, da população, do número de atendimentos, etc., etc. baseados em critérios de realidades bem diferentes das nossas e algumas delas bem discutíveis, com a agravante de todo este trabalho ter sido realizado no “quentinho ou no fresquinho dos gabinetes com ar condicionado” duma qualquer grande cidade do país.
Mas assim foi feito e só nos resta esperar para ver qual a nova proposta que a comissão vai apresentar e que segundo Cármen Pignatelli ,“não coincidirá exactamente com a primeira”.
E em finais de Janeiro, se tudo correr bem, todos ficaremos a saber o resultado dos “consensos” ditos técnicos que estiveram em jogo.
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preocupações contraditórias
"De acordo com os dados divulgados em Setembro, a despesa em medicamentos estava a crescer a dois dígitos em quatro unidades Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa (15%), IPO do Porto (13%), Hospital Joaquim Urbano, no Porto (10,4 %) e Hospital S. Teotónio, em Viseu (10%).
Quanto aos medicamentos que representam a maior fatia de gastos dos hospitais destinados ao tratamento do cancro, infecção pelo VIH e auto-imunes, o seu peso na despesa registou um crescimento de 5,8%." JN
em contraponto com a preocupação, porque não também justa, de Carmen Pignatelli:
"O objectivo é acrescentar saúde à vida e vida aos anos"
(aquando da assinatura de protocolos, com instituições particulares de solidariedade social do Norte, no âmbito da rede nacional de cuidados paleativos e continuados). Diário Digital
terça-feira, dezembro 19, 2006
Saúde na Beira Interior na Frente de Blogs de Saúde
segunda-feira, dezembro 18, 2006
projectos dos Centros Hospitalares adiados
Os projectos de criação de todos Centros Hospitalares estão adiados.
Adiados por CC.
Para melhor serem estudadas as implicações sociais (nos cidadãos e nos profissionais) que com a criação destes Centros irão ocorrer?
Para avaliação da capacidade instalada e da resposta actual que é dada em função da procura?
Para avaliação dos resultados em termos de qualidade da produtividade instalada?
Para que a discussão inter-institucional seja lançada?
Para envolver os profissionais, autarcas e associações locais no processo de mudança proposto?
Para incentivar a rentabilização dos serviços instalados por forma a que sendo integrados, o sejam já com uma rotina de produtividade consolidada?
Para que baseados na análise dos custos/ganhos de eficácia e eficiência, sejam tomadas as decisões?
Quer-me parecer que não.
CC estará à espera dos diplomas legais que os possam institucionalizar.
Estará à espera da institucionalização da ESAP (Empresa de Serviços Partilhados da Administração Pública) que também aguarda por diplomas legais ou dum reforço orçamental para o seu ministério, para saldar as dívidas dos EPE a integrar em Centros Hospitalares?
Estará à espera que a desmotivação e a insegurança, com a consequente diminuição de produtividade, se instale, para com mais razão poder concretizar o que pretende?
Para não correr o risco de me considerarem ingénuo, não quero pensar que tenha sido o SaudeSA o responsável por este adiar.
Mas com uma certeza convicta considero importante que se contribua, através deste meio de discussão, para um aclarar de conceitos sobre os riscos e benefícios, os ganhos e os custos, a proximidade e o afastamento, a qualidade e a quantidade da "centralização" ou "dispersão" dos serviços de saúde no ambito dum SNS.
domingo, dezembro 17, 2006
Centro Hospitalar Guimarães - Fafe (II)
Existe uma declarada ausência de diálogo inter-institucional e inter instituições-ARS locais. Mas o mais grave é que esta ausência de diálogo é fomentada pela própria autoridade local da Saúde, neste caso a ARS do Norte.
Se não se olhar à capacidade e à produtividade existente em determinadas áreas assistenciais existentes.
Se se der prioridade aos “cortes” com o objectivo de diminuir despesas em vez de analisarem as despesas em função da produtividade alcançada individualmente.
Se se der maior importância à concentração de serviços sem se compreender que o somatório da produtividade individual não vai ser o mesmo quando integrados os profissionais num único serviço.
Em resumo:
Quando o pensamento de JEG do CA HSJ que com todo o a propósito “Saudepe” transcreve no seu comentário em Saúde SA, não é considerado, particularmente quando define a instituição ou o serviço como um “conjunto de pessoas que, embora trabalhando em equipa, concorrem paralelamente para o mesmo fim”, se este conjunto é desmembrado, extirpado da sua unidade e do seu entendimento colectivo, então as despesas, a insatisfação e a desmotivação dos profissionais, ainda serão maiores e a produtividade qualitativa e quantitativamente será seriamente afectada.
Os objectivos são claros e até poderiam ser os correctos, estivessem a ser seguidas as metodologias preconizadas pelo Ministério da Saúde Francês, segundo um relatório elaborado a partir dum estudo feito a seu pedido - “L’Evaluation de la securité, de la qualité e de la continuité dês soins chirurgicaux dans les petits hôpitaux publics en France (Avril 2006) ” e enviado à ARS do Norte pela Chefe de Gabinete de CC.
Neste documento propõem-se 10 medidas exigíveis para que da sua análise/cumprimento os serviços cirúrgicos de Hospitais de pequena dimensão possam ser considerados aptos a desempenhar a sua actividade cirúrgica.
1. Avaliação de custos e qualidade da actividade cirúrgica (readmissões, transferências, transfusões sanguíneas, infecção nosocomial, admissão urgente/programada do doente.
2. Classificação dos Serviços cirúrgicos (cumprimento das normas cirúrgicas, profissionais preparados e em número suficiente, continuidade de serviço 24/24 horas).
3. Avaliação e optimização dos meios humanos no bloco operatório.
4. Avaliação de 2/2 anos da qualidade operatória.
5. Reformulação dos contratos com cirurgiões e anestesistas.
6. Recrutamento para formação de Internos de Cirurgia estrangeiros (de alto nível) da UE por forma a garantir que no futuro todos os doentes sejam tratados de forma idêntica aos tratados por cirurgiões formados em França.
7. Organização do circuito de recepção e transferência de doentes inter-hospitais para que este circuito se realize de forma harmoniosa.
8. Formação dos autarcas, políticos regionais e população para a compreensão da problemática da “qualidade” em Hospitais de proximidade, em associação com os cirurgiões, anestesistas e directores desses Hospitais.
9. Promover a conversão de pequenos hospitais em hospitais de “proximidade” se durante um ano não for possível reunir as condições exigíveis de cirurgia de “excelência”, sem contudo se descurarem as iniciativas necessárias para manter em funcionamento, com esse nível exigível, a actividade cirúrgica.
10. Ter em conta as particularidades da região com a intervenção activa dos responsáveis políticos, associações de utilizadores e associações médicas nacionais para a sua avaliação/decisão.
Podemos concluir o mesmo das unidades que se pretendem agrupar, dos serviços que se pretendem extinguir dos novos que se pretendem criar em Portugal.
Sem uma análise cuidadosa, sem uma avaliação criteriosa dos custos, da qualidade e da quantidade produzida pelos serviços ou unidades que se pretendem extinguir; sem dar a possibilidade às instituições/serviços a possibilidade de se prepararem e de se comprometerem a cumprir o que lhes é minimamente exigido em termos de qualidade e quantidade, podemos estar a incorrer num grave erro.
É esta a metodologia que os franceses estão a adoptar e não a que, pelo menos abertamente, os portugueses insistem em não utilizar.
Métodos diferentes para objectivos iguais em realidades diferentes.
sonho e realidade
Bom…
Ontem e hoje.
Dias diferentes. Ontem alheamento, hoje procura da realidade.
E a realidade de hoje voltei a encontrá-la (e que triste realidade) num local que a todos aconselho.
O Blog do “Médico Explica Medicina a Intelectuais” e em particular, pensar no que o autor em:
sexta-feira, dezembro 15, 2006
centro hospitalar Guimarães - Fafe
“Mas ainda houve tempo para dar a conhecer aos distintos membros da ARS a desmotivação pela ausência de apoio, de perspectivas e de diálogo, num tempo de mudança que se aproxima com a integração desta Unidade de Saúde no secreto Centro Hospitalar que vai ser criado dentro de pouco mais que um mês.Fiquei entretanto a saber que a falta de diálogo sobre a criação deste centro Hospitalar se deveu por um lado a dificuldades que não quiseram revelar (alheias à vontade do CA da ARS) e por outro lado acharam por bem não o promover para não criar alarmismos e falsas expectativas. Uma vez mais, é muito estranho.Pediram-nos para esperar por esse dia e logo depois saberiam os responsáveis, os serviços os profissionais que aqui trabalham e a população de ... (pequena cidade do interior), o que lhes ia acontecer… “
E pelos vistos o pedido para esperar por esse dia está a ser consumado, já que decorridas quatro semanas, continuam os profissionais de ambos os Hospitais sem saber o que vai ser o Centro Hospitalar, quais as suas perspectivas e quando e como é que ele se vai constituir. Deste modo se estão a evitar “alarmismos” e “falsas expectativas”.
Não é caso inédito mas como é possível que:
A imprensa Nacional tenha conhecimento de quem vai ser o futuro Presidente do CA sem que o despacho ministerial da constituição do referido Centro Hospitalar tenha sido exarado e que indique nomes “quase certos” para fazerem parte do referido CA. Jornal de Notícias
Que o actual Presidente do CA do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães convoque o seu Director Clínico, acabado de regressar de férias, para o confrontar com o facto de que “seria o único elemento que não deveria fazer parte da futura orgânica do Centro Hospitalar Guimarães-Fafe, que deverá estar formalmente constituído em Janeiro.” Diário do Minho
E tudo isto se passa ou se vai passando sem que "ninguém saiba". Os "ninguém" que mais deveriam e necessitariam saber, por forma a se sentiriam estimulados e motivados para os desafios da mudança que se pertende para melhor.
Já chega de secretismo, de alarmismo da população, de fomento quase que "deliberado" da desmotivação dos profissionais da saúde de ambas as unidades Hospitalares, da falta de diálogo e de clareza de objectivos.
Palavras anónimas, em resumo, de alguém que está bem a par deste e de outros temas da saúde:
"Nem sei quem será mais responsável por esta falta de diálogo e de articulação. Sei que quem sofre é o doente, quer pela exigência da adaptação à mudança e aos respectivos serviços de que pode usufruir (ora passar a, ora deixar de), quer pelo ambiente que se gera mesmo ao nível interno, com o descontentamento dos profissionais a ficar mais evidenciado.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
seguradoras à espreita
Vale a pena lá ir e ler.
Diz a autora que "a maioria das principais empresas seguradoras que disponibilizam seguros de saúde está ou admite vir a criar produtos que respondam ao facto de o Estado estar a reduzir os apoios concedidos, seja através da diminuição dos benefícios concedidos seja através do aumento e criação de novas taxas de utilização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ".
Segundo as Companhias de Seguros, com esta tendência de aumento e criação de novas taxas, de descomparticipação de medicamentos, da eliminação de sub-sistemas e da diminuição das despesas do Estado com os funcionários públicos, associada à crescente incapacidade de resposta do SNS face às necessidades dos cidadãos ir-se-á presenciar um aumento da procura de seguros de saúde.
Assim, a Tranquilidade, do grupo Espírito Santo, a Multicare e a Medis, a Fidelidade/Mundial e a Império/Bonança do grupo CGD, todas elas em linhas gerais propõem-se lançar uma campanha de promoção de "seguros de grupo" em detrimento dos "individuais" à medida das necessidades identificadas, segundo afirmam.
Com este mesmo objectivo também a Vitória, a Axa e a Lusitânia, do grupo Montepio, estarão atarefadas no estudo de propostas a fornecer a variados grupos profissionais.
"O aumento da apetência do mercado - visível não só nos seguros de grupo mas também entre clientes particulares - vai traduzir-se num aumento dos prémios cobrados aos segurados, como já admitiu publicamente o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores. Para as seguradoras, a subida dos preços será um reflexo do agravamento dos encargos com os cuidados de saúde e também da maior utilização do seguro.De acordo com os dados da Axa, a inflação dos serviços hospitalares é de 8,2%, a dos serviços médicos e para doentes ambulatórios é de 2,6%, enquanto a dos serviços de medicina dentária ascende a 2,3%. Por isso, é natural que a MultiCare admita rever preços acima da inflação anual (cerca de 3%), enquanto a Médis garante que os subirá abaixo da inflação médica. A Victoria reconhece que este produto é "caro", enquanto a Generali admite um aumento mais significativo a partir de 2008."
Haverá ainda dúvidas?
reduções arbitrárias
Vladimiro Jorge Silva
quarta-feira, dezembro 13, 2006
a ilusão da "incompatibilidade"
Sabe-se que a acumulação de funções públicas e privadas, particularmente no campo da saúde, fomenta muitas das “irregularidades” e “aproveitamentos”, nos dois sentidos, que podem lesar terceiros e o interesse público geral dos cidadãos e do SNS.
Isto é do conhecimento de CC e sua equipa e parece ter sido esta a razão a dar valor à fundamentação do seu despacho.
Mas será que é só esta, a sua preocupação?
Então porquê só agora CC tomou esta deliberação?
Porque não é assumida pelo Governo e pela Assembleia da República (em que o Partido Socialista é maioritário) esta “incompatibilidade pública/privada” e a aplicam a todos os sectores da Administração Pública?
Será por estar a verificar que com a abertura de Clínicas Médico-Cirúrgicas e Hospitais privados a proliferar de Norte a Sul do país, começa a ter dificuldades em manter os Serviços do SNS em funcionamento com a qualidade e a quantidade de produtividade que lhe é exigida?
Está, Correia Campos, a esquecer-se (o que não creio) ou a escamotear a verdadeira razão de tão propalada “desnatação de médicos do SNS”.
Não é com o impedimento constante deste despacho que vai evitar a “debandada”, até porque o número de activos a serem atingidos por ele será diminuto, comparativamente com os demais que ou vão continuar com a acumulação de funções públicas e privadas, vão pedir a exoneração do lugar que ocupam no SNS ou firmar novos contratos de trabalho, para no sector privado exercerem a sua actividade em regime idêntico ou mais aliciante que os que poderiam fazer no sector público (estes últimos em maior número).
Olhe mais, Senhor Ministro, para o SNS (gestão, orçamentação, qualidade, actualização, prioridade em relação aos serviços privados) e para o que o seu Governo faz aos “funcionários públicos” (carreiras, progressões, incentivos, estabilidade, vencimentos) que a quebra de “isenção e imparcialidade com o consequente risco de prejuízo efectivo para o interesse público” ou a sua não assumida “debandada” deixarão de existir no nosso SNS.
Eu, que já cá estou há muitos anos, fico.
Muitos mais ficarão e só apenas alguns é que se irão embora (não necessariamente “os melhores”).
terça-feira, dezembro 12, 2006
"empresa na hora" e no portal da saúde
O "Projecto Empresa na Hora".
Como foi noticiado, a iniciativa de modernização administrativa “Empresa na hora” constitui o primeiro passo para a simplificação do relacionamento das empresas com a Administração Pública.
E aí está a sua publicitação no portal da responsabilidade do Governo, para que potenciais sociedades empresariais privadas não se esqueçam que também na saúde, as portas para formação de empresas do ramo, estão abertas e quão fácil é a sua constituição. “É simplex”.
Deve ter sido também, pela actual existência desta facilidade, que o governo prevê constituir a ESAP (Empresa de Serviços Partilhados da Administração Pública) com a finalidade de gerir algumas das reformas da Função Pública, cabendo-lhe assim, segundo o DN, “a gestão dos funcionários em mobilidade especial, bem como todas as actividades relacionadas com a prestação de serviços de suporte à Administração Pública, como o processamento de vencimentos e análise de desempenho, a contratação centralizada de bens e serviços ou a gestão da frota automóvel do Estado a empresarialização dos serviços públicos, podendo a empresa constituir "novas sociedades comerciais integralmente detidas por si ou igualmente participadas pelo Estado com vista ao desempenho indirecto das atribuições que lhe são cometidas.
Para o bem e para o mal e na área da saúde também.
À espera da criação da dita empresa o Governo ainda não tornou público quantos trabalhadores da Função Pública não efectivos vão ser dispensados e quantos é que serão integrados como efectivos nesta mega empresa.
Com tanta centralização, será que não irão aparecer mais notícias como a que hoje foi publicada?
"Directora Clínica do Hospital de Aveiro pediu demissão"
Embora contando com a solidariedade dos médicos do Hospital, a Directora Clínica tomou esta posição por desacordo com a Administração no que respeita à proposta enviada para o Ministério da Saúde sobre o quadro de pessoal médico para o hospital e com a decisão da Administrção querer pôr fim aos Centros de Responsabilidade médica e ao Internato Geral que naquele hospital se efectiva há já muitos anos. JN
hospitais públicos na "bancarrota"?
É este o título dum post do Xavier colocado no SaúdeSA
Referenciando o Relatório de Contas de 2005 de alguns Hospitais EPE portugueses estabelece correspondência com os resultados apresentados pelo jornal Guardian referentes aos índices de 507 instituições de saúde do Reino Unido (com um défice anual enormíssimo).
E que dizer das medidas que a Ministra da Saúde britânica pertende impor para a resolução deste défice, não muito diferentes das que CC se propõe aplicar aqui em Portugal?
Vale a pena ir até ao SaúdeSA e ver o porquê da conclusão que o Xavier tira:
"Os contratos de parceria (PPP) programados por LFP (mais complexos do que os que se encontram em execução no NHS) incluem o financiamento, construção, manutenção e gestão das prestações, envolvendo, por conseguinte, maiores riscos. Temos dúvidas que os cadernos de encargos prevejam um sistema de controlo rigoroso e eficaz dos custos durante o prazo de execução dos contratos (vinte anos para a construção e dez anos para a prestação de cuidados). Se a isto aliarmos a reconhecida incapacidade do Estado em supervisionar/fiscalizar contratos tão complexos, temo que corramos o risco, daqui a meia dúzia de anos, de vermos os novos hospitais na bancarrota .
Acontece que em Portugal os HHs não costumam ir à falência. Os contribuintes é que pagam a conta várias vezes."
... e faça lá os seus comentários
segunda-feira, dezembro 11, 2006
notícia só para "entendidos" ou para "não se entender"
E estes parágrafos foram poucos.
""O ministro da Saúde, Correia de Campos, voltou hoje a pedir à indústria farmacêutica que baixe os preços dos medicamentos antigos, para que os novos fármacos possam ter mais espaço no mercado.
"Eu quero fazer um apelo especial (...): para que haja espaço para novos fármacos, nós temos que baixar os preços dos fármacos antigos", disse Correia de Campos na abertura do 1º Fórum Nacional Sobre o Doente Crónico, que hoje decorre em Lisboa.
"Se os países com os quais nos comparamos fizeram baixas enormes - nós limitámo-nos este ano a seis por cento e no próximo ano a seis por cento - a verdade é que a diferença entre os cem fármacos mais vendidos em Portugal e os compradores internacionais é ainda muito desfavorável em relação a Portugal", adiantou.
Questionado sobre a utilização de medicamentos novos, o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Luís Campos, disse que é necessário seleccionar os doentes que mais beneficiem da nova terapêutica, porque não há possibilidade para todos os doentes.
Contudo, Luís Campos garantiu que até agora "as limitações existentes ainda não se sentem" nos meios médicos.
"É nossa [dos médicos] obrigação ética atender aos recursos" do Serviço Nacional de Saúde, referiu, adiantando que se passar a haver muitos doentes que reúnam as características para que seja prescrita medicação nova, nessa altura terá de haver limitação.
Sobre as doenças crónicas, o ministro referiu que 80 por cento das consultas hospitalares por ano são "consultas repetidas, muitas das quais a doentes crónicos".
De acordo com o ministro, o objectivo do Governo é criar uma boa rede de informação para que os clínicos disponham da situação clínica dos doentes e os possam encaminhar melhor, aumentando a acessibilidade dos doentes.
Para além da baixa dos preços dos medicamentos e da criação de um sistema de informação, que o ministro considerou como fundamental, Correia de Campos evocou outras recomendações, nomeadamente para minorar os efeitos negativos das doenças crónicas, nos próprios doentes e no Sistema Nacional de Saúde.
Correia de Campos sublinhou a reorganização dos cuidados primários, através das Unidades de Saúde Familiares.
"Se nós não vencermos a batalha das Unidades de Saúde Familiares perdemos provavelmente a última oportunidade de reformar os nossos serviços de saúde primários" adiantou.
O ministro realçou ainda a importância dos Cuidados Continuados a Idosos.
"Se não fizermos mais nada no Ministério da Saúde, mas fizermos só isto, teremos feito muito", disse. ""
Público
Será mal dos "Campos" (Correia Campos ou Luís Campos) ?
Destes terem falado na sessão de abertura do 1º Fórum Nacional Sobre o Doente Crónico que hoje decorreu em Lisboa?
Ou será do jornalista?
Espero (mesmo assim triste) que o mal seja do jornalista... Só pode ser.