quinta-feira, dezembro 21, 2006

a certeza das palavras


"Mais de 90% dos doentes que recorrem às urgências têm alta, o que significa que não eram assim tão urgentes"


"Pode não ser a solução ideal mas é melhor que a actual"

"A libertação dos anestesistas das urgências poderá diminuir as listas de espera das cirurgias"

"Catorze serviços vão mesmo fechar mas em sua substituição mais centros de saúde terão consultas abertas"


António Marques – Presidente da Comissão Técnica de Apoio ao processo de Requalificação dasUrgências
JN

Palavras de quem sabe o que diz, baseado na prática e na evidência.
Palavras dum médico, formado médico num Hospital Central, especializado em anestesiologia num Hospital Central, director dum serviço num Hospital Central, mas perfeito conhecedor da realidade nacional e dos Hospitais Distritais.
Tal como CC.
Tal pai, tal filho.

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2 comentários:

Peliteiro disse...

"Mais de 90% dos doentes que recorrem às urgências têm alta, o que significa que não eram assim tão urgentes"

Uma coisa que nunca percebi é como querem que um doente saiba ou não se a sua doença é urgente (bem sei que muitos casos são "ronha", que quando há futebol há menos urgências, mas também há casos de urgências - urgências mesmo - em que o doente fica na caminha a chã de cidreira).

naoseiquenome usar disse...

"António Fernando Correia de Campos foi Ministro da Saúde no Governo de António Guterres. Natural de
Torredeita, tem a sua formação inicial concluída em direito, na Universidade de Coimbra. Professor Catedrático de Economia da Saúde, Correia de Campos foi directeur d’Hôpital, École Nationale de la Santé Publique, Rennes, França, em 1969, tendo ainda como títulos académicos o de Master of Public Health (MPH), School of Hygien and Public Health, The Johns Hopkins University, Baltimore (USA, 1978), e de professor associado desde 1986, professor auxiliar desde 1982, por concursos de provas públicas) ENSP, Universidade Nova de Lisboa.

Ao nível profissional desempenhou diferentes cargos como presidente do Instituto Nacional de Administração (INA) desde 1997; Especialista Sénior do Banco Mundial em Administração de Saúde, entre Outubro de 1992 e Dezembro de 1995; Secretário-Geral do Ministério da Saúde, Portugal, de Setembro de 1978 até Agosto de 1979; Adjunto do Secretário-Geral do Ministério da Saúde de 1973 até 1978; Técnico Superior do Ministério da Saúde desde 1966.

No domínio da política, Correia de Campos foi Secretário de Estado do Abastecimento, Portugal, no V Governo Provisório, Setembro, 1975; Secretário de Estado da Saúde, Portugal, no V Governo Constitucional, Agosto de 1979 – Janeiro 1980 e Deputado à Assembleia da República (1991-1992). Do seu vasto currículo destacam-se ainda os cargos de Presidente do Conselho Científico do Instituto Europeu de Administração Pública, Maastricht, Países Baixos, triénio 2001-2003; Presidente da Comissão do Livro Branco da Segurança Social, 1996-1998, Portugal; “Co-mission Leader” da primeira Missão do PNUD a Timor, sobre Administração Pública (PAMET), em Fevereiro-Março de 2000; Director de Programas de Ciência e Tecnologia da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Lisboa, 1986-1989; Presidente da Associação Portuguesa de Economia da Saúde 1987-1991; e Membro da Comissão Científica de Conferências Europeias sobre Economia da Saúde em Barcelona (1989) e Paris (1992).

É ainda autor de quatro livros sobre economia da saúde, cuidados de saúde a idosos, política de saúde e equidade, e segurança social e co-editor de dois livros sobre economia da saúde, além de ter oitenta artigos publicados em revistas nacionais e internacionais. "
www.rvj.pt/ensino/2003/jun2003/entrevista.html

(ainda não lhe tinha sucedido CC versão II)

A dar-se o cruzamento genético no ponto de intersecção da saúde (da experienciação à teorética)....
:)


Bom... mas as afirmações trancritas 1 e 3 correspondem à realidade. O que falta é superar a montante os factores qiue lhe estão na origem.

Já agora, se calhar convinha explicar ao Sr. AM que ter alta hospitalar não significa ter alta clínica e que um bom ecaminhamento do doente, pode ser a única oportunidade de este passar a usufruir de algum bem-estar ou mesmo, tout-court, saúde.