segunda-feira, outubro 29, 2007

o discurso e a governação


"Não temos a veleidade de agradar a todos por igual. O interesse público é o do público, dos portugueses todos e não apenas dos actores directamente envolvidos no processo. Mas interessamo-nos pelos actores enquanto executantes das políticas.
Por isso, celebrámos um protocolo com a indústria e um compromisso com as farmácias. Estamos abertos a um acordo amplo e de muito interesse com os farmacêuticos, representados pela respectiva Ordem. A natureza especificamente qualitativa da sua representação e a variedade da sua representação ocupacional fazem-nos falta neste edifício. Os nossos esforços acompanharão a disponibilidade para o diálogo. "
Correia de Campos na sessão de abertura do colóquio “Enquadramento da Actividade Farmacêutica”, Sala do Senado da Assembleia da República - 23 de Outubro de 2007

"Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente.
País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência? "
(Eça de Queirós, 1867 in “O Distrito de Évora”)
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1 comentário:

Peliteiro disse...

Dá-me licença que sublinhe «País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha»?

:-)