segunda-feira, julho 02, 2007

os sistemas de informação na saúde

Foto de Zifra


Um relatório do Ministério da Saúde (MS) revela que os doentes com cancro esperam em média por uma cirurgia 3,5 meses, que chega a atingir mais sete meses em dois hospitais do país. Os autores dizem que os casos deviam ser resolvidos em 15 dias e propõem que as cirurgias, em vez de se realizarem em 76 hospitais, passem a ser feitas em apenas 20.
Contactada pelo PÚBLICO, a secretária de Estado adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli, diz que desde que recebeu o relatório o tempo de espera para estes doentes já decaiu. "Alertámos os hospitais e neste momento o tempo médio de espera é de 1,4 meses", defende a secretária de Estado. Em apenas alguns meses? "Os hospitais já estão a alterar comportamentos e serão alvo de auditorias aos procedimentos."
Público



A saber:

Relatório solicitado pelo MS ao SIGIC (desconhece-se quando), é entregue em Março de 2007 e reporta-se a dados referentes a Outubro de 2006 (atraso de 6 meses) …

A ser verdade que o tempo de espera médio para a resolução cirúrgica de patologias do foro oncológico tão rapidamente se tenha reduzido de 3,5 para 1,4 meses, é de louvar o esforço das equipas de profissionais que para isso contribuem.

Assim sendo, pela base assim cai a credibilidade dos relatores, ao proporem no seu relatório que as intervenções cirúrgicas oncológicas “em vez de se realizarem em 76 hospitais, passem a ser feitas em apenas 20”.

Estaremos perante uma “mania” (na continuidade das Maternidades, dos Serviços de Urgência e dos Centros Hospitalares) ou uma intenção deliberada de ”propor, só por propor” para deste modo ir abrindo caminho (pretensamente fundamentado e porque duma opinião de “peritos” se trata) a mais encerramentos ou impedimentos, sem que alternativas sólidas sejam acauteladas, considerando só a economia de custos e o (não provado) acréscimo de qualidade técnica dos serviços a prestar, esquecendo-se de que a um tratamento oncológico, como tratamento multidisciplinar considerado, atenção particular deve ser dada, neste caso também, à distância geográfica, mesmo que para isso custos associados possam estar envolvidos.

Por certo que estes factores são passíveis de serem avaliados pelos actuais registos informáticos do SIGIC.

Estranho é que as onerosas actuais ferramentas informáticas do SIGIC e a suas numerosas equipas de profissionais nele envolvidas, local e centralmente, demorem 6 meses a fornecer ao MS dados referentes a pouco mais de 4000 doentes inscritos em Outubro de 2006 e a tal conclusão e proposta de actuação (se é que mais algumas houve) tenham chegado.

Recorda-se que na tentativa de resolver este problema da celeridade da informação, o MS terá já investido 2,5 milhões de Euros só para dar continuidade ao investimento nas ferramentas informáticas que foram adquiridas em 2004 e 2005 no âmbito do SIGIC.

Alguém está a lucrar com este investimento.
Para já, o Ministério da Saúde e os doentes não estão certamente.





2 comentários:

Blogger de Saúde disse...

Tal como refere aqui... Visitei e irei continuar a visitar... Gostei dos temas deste blog, que desconhecia!!! Acresceitei-o aos meus links! Parabéns e até já

Blogger de Saúde disse...

Parabéns pelo vosso blog! Estamos a visitar os vários blog ligados à saúde para posteriormente os referenciarmos no nosso blog que dá os primeiros passos!