Um relatório do Ministério da Saúde (MS) revela que os doentes com cancro esperam em média por uma cirurgia 3,5 meses, que chega a atingir mais sete meses em dois hospitais do país. Os autores dizem que os casos deviam ser resolvidos em 15 dias e propõem que as cirurgias, em vez de se realizarem em 76 hospitais, passem a ser feitas em apenas 20.
Contactada pelo PÚBLICO, a secretária de Estado adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli, diz que desde que recebeu o relatório o tempo de espera para estes doentes já decaiu. "Alertámos os hospitais e neste momento o tempo médio de espera é de 1,4 meses", defende a secretária de Estado. Em apenas alguns meses? "Os hospitais já estão a alterar comportamentos e serão alvo de auditorias aos procedimentos." Público
A saber:
Contactada pelo PÚBLICO, a secretária de Estado adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli, diz que desde que recebeu o relatório o tempo de espera para estes doentes já decaiu. "Alertámos os hospitais e neste momento o tempo médio de espera é de 1,4 meses", defende a secretária de Estado. Em apenas alguns meses? "Os hospitais já estão a alterar comportamentos e serão alvo de auditorias aos procedimentos." Público
A saber:
Relatório solicitado pelo MS ao SIGIC (desconhece-se quando), é entregue em Março de 2007 e reporta-se a dados referentes a Outubro de 2006 (atraso de 6 meses) …
A ser verdade que o tempo de espera médio para a resolução cirúrgica de patologias do foro oncológico tão rapidamente se tenha reduzido de 3,5 para 1,4 meses, é de louvar o esforço das equipas de profissionais que para isso contribuem.
Assim sendo, pela base assim cai a credibilidade dos relatores, ao proporem no seu relatório que as intervenções cirúrgicas oncológicas “em vez de se realizarem em 76 hospitais, passem a ser feitas em apenas 20”.
Estaremos perante uma “mania” (na continuidade das Maternidades, dos Serviços de Urgência e dos Centros Hospitalares) ou uma intenção deliberada de ”propor, só por propor” para deste modo ir abrindo caminho (pretensamente fundamentado e porque duma opinião de “peritos” se trata) a mais encerramentos ou impedimentos, sem que alternativas sólidas sejam acauteladas, considerando só a economia de custos e o (não provado) acréscimo de qualidade técnica dos serviços a prestar, esquecendo-se de que a um tratamento oncológico, como tratamento multidisciplinar considerado, atenção particular deve ser dada, neste caso também, à distância geográfica, mesmo que para isso custos associados possam estar envolvidos.
Por certo que estes factores são passíveis de serem avaliados pelos actuais registos informáticos do SIGIC.
Estranho é que as onerosas actuais ferramentas informáticas do SIGIC e a suas numerosas equipas de profissionais nele envolvidas, local e centralmente, demorem 6 meses a fornecer ao MS dados referentes a pouco mais de 4000 doentes inscritos em Outubro de 2006 e a tal conclusão e proposta de actuação (se é que mais algumas houve) tenham chegado.
Recorda-se que na tentativa de resolver este problema da celeridade da informação, o MS terá já investido 2,5 milhões de Euros só para dar continuidade ao investimento nas ferramentas informáticas que foram adquiridas em 2004 e 2005 no âmbito do SIGIC.
Alguém está a lucrar com este investimento.
Para já, o Ministério da Saúde e os doentes não estão certamente.
2 comentários:
Tal como refere aqui... Visitei e irei continuar a visitar... Gostei dos temas deste blog, que desconhecia!!! Acresceitei-o aos meus links! Parabéns e até já
Parabéns pelo vosso blog! Estamos a visitar os vários blog ligados à saúde para posteriormente os referenciarmos no nosso blog que dá os primeiros passos!
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