sexta-feira, setembro 14, 2007

isto é uma forma subtil e maligna de acabar com o SNS

Foto: noticias da amadora

Retirei do TempoMedicina Online esta notícia referente a uma conferência de imprensa, realizada no dia 6 de Setembro em Lisboa, em que participou Pilar Vicente, dirigente sindical médica, na qual terá sido dada a conhecer a constituição de um movimento cívico em defesa do SNS, à qual se seguiu, com os mesmos propósitos, a proposta do Bloco de Esquerda da criação dum movimento do mesmo tipo.

A imprensa diária, que eu tenha tido conhecimento, dela não terá dado notícias...

Pilar Vicente alerta para os perigos do fim das carreiras médicas

SNS arrisca-se a ficar «despido»

A «volatilidade» com que se contratam profissionais de saúde está a comprometer o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Quem o diz é Pilar Vicente, e várias organizações parecem concordar. Assim, esta e outras razões levaram à constituição de um movimento com o objectivo de defender o SNS.

A conferência de Imprensa realizada no passado dia 6, em Lisboa, tinha por finalidade dar a conhecer o Movimento Cívico em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, criado para promover acções de protesto contra diversas medidas do Governo na área da Saúde, mas as carreiras médicas foram o tema que mais dominou o discurso de Pilar Vicente, representante do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS).

A sindicalista afirmou que «destruindo as carreiras médicas, a formação e a preparação de profissionais», o que acontece é que o SNS fica «despido de profissionais» e, desta forma, «não pode responder às necessidades» da população.
população.
Pilar Vicente chamou a atenção para o facto de os profissionais com «menos de 45 anos» terem apenas «contrato individual de trabalho», e considerou que «não se justifica haver esta volatilidade de contratação», até porque isso coloca em causa toda a cadeia de formação.

Na suas palavras, «é dentro do SNS» que os jovens médicos «se têm formado, se têm preparado e onde se tem garantido uma qualidade de excelência, hoje tão apregoada». Por isso, explicou a dirigente do SMZS, um dos principais problemas que esta situação levanta é que, «se não houver profissionais integrados nas carreiras, não há continuidade de formação». E acrescentou que nesta área não se podem «criar hiatos».

Além disso, a médica sindicalista apontou o facto de os hospitais centrais não terem profissionais mais jovens, «a não ser a título precário» e para «responder a pequenas tarefas».

Pilar Vicente salientou que ao invés de se contratarem profissionais «para entrarem num sector público onde se preparam, formam uma equipa e onde vão dar continuidade» a todo o trabalho, os jovens são muitas vezes contratados a empresas «muitíssimo bem pagas» e têm os «contratos mais díspares que se possa imaginar». E, garantiu, «não se consegue pôr um hospital a funcionar desta maneira, nem dar formação, nem formar uma equipa».

Aliás, a dirigente sindical manifestou mesmo a opinião de que «isto é uma forma subtil e maligna de acabar com o SNS».
Extracto de TM 1.º CADERNO de 2007.09.170712571C18207SR37A
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1 comentário:

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