Um Post publicado no SaudeSA da autoria do É-Pá : “SNS – a luta pelas causas sociais, porque a morte saiu à rua”, exemplarmente complementado com a música, a voz e o poema do José Afonso que homenageia um pintor assassinado por pugnar por “causas sociais”, foi objecto de um comentário da autoria do Aidenós, também publicado como Post pelo Xavier -“as ameaças ao SNS”.
Considera o É-Pá que a actual política de saúde no nosso país, se resume numa palavra: “desconstruir”.
Considera o É-Pá que a actual política de saúde no nosso país, se resume numa palavra: “desconstruir”.
Desconstruir como sinónimo de “instabilizar, inviabilizar, fragmentar, destroçar, não completar, demolir”…
Penso que mais sinónimos não serão necessários para descrever como, com a actual política de saúde, pretendem os responsáveis do MS orientar o SNS por forma (dizem) a darem solução a muitos dos problemas que reconhecidamente todos nele encontramos.
Pretendem no entanto, e em boa verdade, resolver unicamente o problema da sustentabilidade dum sistema que eles próprios reconhecem não ser sustentável como bem social (consumidor, mas criador de bem estar), afastando assim das suas linhas programáticas a defesa dos princípios da solidariedade e da equidade, estrategicamente expurgando a saúde da responsabilidade do Estado que da mesma forma deverá ser expurgado do epíteto “Social”em todos os outros sectores.
E se o Aidenós refere, no seu comentário ao Post do É-Pá, ter dificuldades em encontrar coerência e consistência nas mensagens por ele transmitidas nem encontrar nelas “propostas nem objectivos de defesa do SNS”, vale bem a pena rever aqui como "resposta" ao Aidenós, a excelente análise feita pelo É-Pá quanto às “causas básicas das maleitas do SNS” com a qual, estou certo, muitos como eu perfilham.
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1 comentário:
Desconstruir, não só na saúde. É em tudo, uma contra-reforma e não uma reforma.
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