"O grupo Hospital da Trofa vai investir 100 milhões de euros na construção de três hospitais privados em Matosinhos, Alfena e Braga, no âmbito da sua estratégia para liderar o mercado da saúde privada no Norte do país".Diário Digital
José Vila Nova, médico e Presidente do Conselho de Administração do Hospital da Trofa, pretende realizar um investimento imobiliário de 50 milhões de euros assumido por parceiros do Hospital da Trofa.
José Vila Nova, médico e Presidente do Conselho de Administração do Hospital da Trofa, pretende realizar um investimento imobiliário de 50 milhões de euros assumido por parceiros do Hospital da Trofa.
Em Braga pela empresa de construção Britalar, em Alfena pelos Eusébios e em Matosinhos pelo Fundo de Investimento Imobiliário Silvip.
Os restantes 50 milhões (25 milhões como capital próprio do Grupo) serão aplicados em equipamento e no fundo de maneio para exploração dos hospitais.
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Para além do investimento na construção destes três novos Hospitais está prevista também a construção de duas unidades ambulatórias em Famalicão e no Porto que se juntarão às três já em funcionamento (Trofa, Paços de Ferreira e Maia).
Para além do investimento na construção destes três novos Hospitais está prevista também a construção de duas unidades ambulatórias em Famalicão e no Porto que se juntarão às três já em funcionamento (Trofa, Paços de Ferreira e Maia).
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Segundo o site da Casa de Saúde de Guimarães, também o Grupo Hospital da Trofa, em parceria com esta Casa de Saúde, terá já concretizado um sonho comum com a construção do Hospital Privado de Guimarães, com um investimento de 15 milhões de Euros, uma área de internamento com 96 camas, Bloco Operatório com 4 salas e 3 salas de parto, 34 consultórios e Serviço de Urgência a funcionar 24 horas para atender população de Guimarães, Caldas de Vizela, Fafe, Cabeceiras, Celorico e Mondim de Basto, Ribeira de Pena e Felgueiras.
Segundo o site da Casa de Saúde de Guimarães, também o Grupo Hospital da Trofa, em parceria com esta Casa de Saúde, terá já concretizado um sonho comum com a construção do Hospital Privado de Guimarães, com um investimento de 15 milhões de Euros, uma área de internamento com 96 camas, Bloco Operatório com 4 salas e 3 salas de parto, 34 consultórios e Serviço de Urgência a funcionar 24 horas para atender população de Guimarães, Caldas de Vizela, Fafe, Cabeceiras, Celorico e Mondim de Basto, Ribeira de Pena e Felgueiras.
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O Administrador deste Grupo , por conhecer bem o mercado privado do Norte do país e por já ter, em 7 anos de actividade, “afinado um modelo de negócio próprio” pretende transpô-lo para toda esta região do Norte e nela liderar o mercado da saúde privada. .
Estamos assim perante um assumir declarado duma posição estratégica, não dum grande grupo privado como vem sendo habitual, mas de um pequeno grupo que perante as perspectivas de encerramento de serviços, de liquidação dos subsistemas de saúde, dos incentivos à criação de seguros privados de doença (voluntários ou obrigatórios), da transformação em suma, do SNS para um serviço tendencialmente pago, alicerçado na oferta de prestadores privados para quem o possa pagar, vê possibilidades de tirar nesta região do país os seus dividendos.
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Este cenário numa região em que 2 Maternidades foram encerradas, se criaram 3 Centros Hospitalares e se perspectiva um outro, em que os Serviços de Urgência se prevê serem seriamente alterados, em que o novo Hospital de Braga (PPP) ainda permanece indefinidamente comprometido e os CPS a exemplo do que se passa a nível nacional se mantêm inoperantes, faz prognosticar que para os demais, sem poder económico para aceder aos cuidados de saúde privados, restará um SNS de 2ª escolha (gratuito ou tendencialmente gratuito), deficitário e empobrecido em que a dotação em equipamentos, meios técnicos e de mão-de-obra, porque seriamente comprometida, não oferecerá qualquer tipo de competitividade.
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Restará saber-se até quando pequenos Grupos privados como este, sobreviverão na “província” perante a única concorrência que passarão a ter dos dois grandes Grupos já detentores da hegemonia privada nacional, particularmente nos grandes centros populacionais de Lisboa e Porto (Mello e BES); estes que já no início do ano ameaçaram ou já absorveram outros de menores dimensões e de capital social bem mais elevado (SONAE, CGD, BPN) que o do Grupo Hospital da Trofa.
Restará saber-se até quando pequenos Grupos privados como este, sobreviverão na “província” perante a única concorrência que passarão a ter dos dois grandes Grupos já detentores da hegemonia privada nacional, particularmente nos grandes centros populacionais de Lisboa e Porto (Mello e BES); estes que já no início do ano ameaçaram ou já absorveram outros de menores dimensões e de capital social bem mais elevado (SONAE, CGD, BPN) que o do Grupo Hospital da Trofa.
5 comentários:
É contra a concorrência?! Ela não gera competição de preços?!
Porque é que o SNS tem de ser o grande monopolista, onde cada funcionário o tomou como seu e usou a seu belo prazer, desperdiçando, desperdiçando.
Sou funcionária pública e pouco ou nada tenho usufruído do SNS, a não ser da comparticipação de medicamentos e alguns exames complementares de diagnóstico.
Dentista - pago consulta; Ginecologista - pago consulta e exames ginecológicos; Oftalmologista - pago consulta e exames; Alergologista - pago consulta e exames.
No que respeita aos dois filhos que tenho, apenas usufruí do SNS a assistência no parto; Consultas de Pediatria pago as consultas, pois graças a Deus são considerados normais e saudáveis e no SNS não tem lugar a assistência por um Pediatra a não ser a consulta pelo médico de família que, este, dotado de conhecimentos suficientes para o fazer (pena ás vezes não distinguirem uma otite duma dor de barriga, é que não é fácil de entender quem ainda não aprendeu a falar:)) estará disponível para uma consulta programada, o que já é muito bom; subsídio de educação não tenho qualquer direito porque o meu vencimento é superior ao ordenado mínimo nacional (produzo, pago meus impostos e perco direitos sociais. Mais vale não produzir, não pagar impostos e receber em casa, sentada no sofá ou nas cadeiras do café, um subsidio que pague aquilo que desejo ou seja - VIVA O PARASITISMO); Abono de família sim, usufruo de 40€ mensais pelos dois filhos, melhor que nada:)))
Estou convencida que com o aparecimento de novos hospitais, credíveis, a sociedade em geral pode vir a ser largamente beneficiada, os preços serão mais competitivos. Depois, gerar-se-á mais emprego, uma vez que o SNS já não comporta nos seus quadros mais profissionais:))
E privada em Portugal já existe há muitos anos. (Trindade, Carmo, S. Francisco...)
Sou a favor da concorrência e pela liberdade de escolha. Pois se posso e quero mais e melhor devo procurar, escolher, pagar perante as exigências que faço. Caso contrário, recebo o que me podem dar e devo agradecer:))))
Serei excomungada?????
(com algum humor negro e alguma realidade é o que vou pensando para mim mesma)
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Cara …:).
Em nenhuma linha do Post se pode depreender ser contra a medicina privada.
Considero ter a medicina privada um lugar importante na nossa sociedade, mas um lugar em que não se situe como subsidiária do SNS. Deve ser uma medicina privada com qualidade, séria e competitiva. Mesmos atributos deverão estar presentes na medicina praticada no SNS.
E a competitividade concorrencial entre as duas é salutar e deve ser incentivada. Mas não à custa de subsídios estatais e de promiscuidade entre os dois sectores.
O que critico, é a política de saúde que tenta esvaziar o SNS afastando-o dos objectivos para que foi criado, retirando-lhe o papel de assegurar a saúde a todos os cidadãos.
Para os que podem pagar as consultas, internamentos e tratamentos, através de seguros individuais ou de comparticipações estatais - a medicina privada… para os outros (a maioria) o SNS das listas de espera, das taxas moderadoras, das distâncias a percorrer para um parto, para uma consulta e (tema bem recente, com a esperança de ser resolvido) e até para fazer um aborto, sabemos nós como…
Felizmente que a “… :)” pode usufruir da medicina privada e dela, também diz, não ter tido grande necessidade…
Não falo dos indigentes que vivem à custa, indevidamente, do rendimento mínimo.
Falo dos que com o seu trabalho, vivem à custa dum salário “minimérrimo”. Dos doentes crónicos sem poder económico. Dos doentes em tratamentos prolongados oncológicos. Dos idosos a necessitar de cuidados continuados. Dos doentes a necessitar de grandes cirurgias, bastante onerosas para os seus bolsos. Da necessidade de internamento em “onerosos” serviços de cuidados intensivos.
Será que a medicina privada tem interesse nisto?
Não… isto fica para o SNS…
Isto é a verdadeira concorrência?
O projecto CUF -Porto, prevê 10 camas para Cuidados Intensivos :)
Sim NSQNU...
Projecto CUF no Porto que era um projecto da SONAE e que foi recentemente vendido...
Com 10 camas de cuidados intensivos previstas. E quem vai pagar os velhinhos 200 contos porque fica a diária de internamento nestas unidades?
Será que a Neuro-Cirurgia irá rentabilizar estas camas?
Ou estarão já a pensar na sua reserva para as insuficiências respiratórias consequentes à "gripe das aves"?
E porque será que o principal investimento em camas de internamento será para a saúde materno-infantil?
Vá-se lá saber o porquê...
(vou ser mázinha a brincar:)
A CUF e outros privados já declararam que não vão fazer TVG (terminação voluntária da gravidez- adaptado da expressão inglesa, mas aportuguesado :) )
E os do Projecto CUF- Porto, já sabiam, antes de JS (Jopsé Sócrates) que o norte é mais propenso a fazer meninos para nascer.
E a área Metropolitana até tem capital, pelo que, necessariamente fazem meninos para nascer ultra-desejados, ou seja meninos Prozac :)
Quanto à neurocirurgia, sabe como é...o Porto ainda não tem um daqueles Lares de Luxo, que quer? Enquanto isso, claro, rentabiliza-se. Depois, também.
Quanto à gripe das aves...
ai as aves! sem BI nem passaporte! Imigrantes, emigrantes e migrantes... sempre griparam tão boa-gente que as puseram cá com uma falta de ar...
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