quarta-feira, dezembro 20, 2006

preocupações contraditórias


A preocupação justa do Ministério da Saúde:

"De acordo com os dados divulgados em Setembro, a despesa em medicamentos estava a crescer a dois dígitos em quatro unidades Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa (15%), IPO do Porto (13%), Hospital Joaquim Urbano, no Porto (10,4 %) e Hospital S. Teotónio, em Viseu (10%).
Quanto aos medicamentos que representam a maior fatia de gastos dos hospitais destinados ao tratamento do cancro, infecção pelo VIH e auto-imunes, o seu peso na despesa registou um crescimento de 5,8%." JN


em contraponto com a preocupação, porque não também justa, de Carmen Pignatelli:

"O objectivo é acrescentar saúde à vida e vida aos anos"

(aquando da assinatura de protocolos, com instituições particulares de solidariedade social do Norte, no âmbito da rede nacional de cuidados paleativos e continuados). Diário Digital


É caso para se dizer de que lado devemos ficar?
.

3 comentários:

naoseiquenome usar disse...

Num ponto de equilíbrio, sob pena de se tornar absolutamente insustentável qualquer prática assistencial de razoável qualidade.
POr demais "deja vu" o que interessa não é cortar na qualidade mas nos custos.
Há novas tecnologias e fármacos caros de real valor, outros nem por isso.É uma estratégia, um processo de longo prazo a ser pensado por todos os intervenientes.

Já agora:
Uma fatia elevadíssima de custos refere-se a doentes crónicos, ( deficientemente seguidos nos cuidados primários por vários factores - desde porque não têm acesso aos mesmos, pura negligência pessoal ou má assistência prestada -) ou com pessoas que há muito se encontram em lista de espera...

Que tal educar?
Que tal produzir mais e melhor ao menor custo possível?
...
Talvez seja idealista...

Peliteiro disse...

Depende.
Se o aumento da despesa com medicamentos nesses Hospitais for a necessária para tratar melhor e mais doentes - óptimo. Se for devido ao descontrolo e a pressões da IF - mau.

O problema é que ninguém sabe se é uma ou outra.

J.G. disse...

MSP: ninguém? Só se fôr um humilde plebeu!!!