sábado, novembro 18, 2006

grandes unidades Hospitalares? Que futuro?


Segundo o enfermeiro-director do Hospital S.Teotónio, de Viseu, neste Hospital foi instalado um sistema de segurança único na Europa para todos os bebés e crianças internados nos vários serviços.


Todos os bebés e crianças passam a ser monitorizados nos seus movimentos no interior do Hospital, através de pulseiras electrónicas colocadas nos tornozelos e ligadas via rádio a uma central que comanda o encerramento de passagens para o exterior no caso da criança ultrapassar uma determinada área com a pulseira colocada bem como através de câmaras de vigilância.


Trata-se duma medida de segurança que é de louvar se não se esquecer a humanização que deve co-existir com esta medida.


Mas a necessidade quase que evidente desta e de outras medidas de controlo e de segurança dos doentes internados não deve pôr de lado uma análise, no que respeita aos custos/benefícios, sob o ponto de vista da gestão e assistencial, da concentração de serviços clínicos em grandes unidades hospitalares, como parece ser a actual política do Ministério da Saúde.


Recordo palavras de Adalberto Campos, gestor do maior Hospital do país que há tempos dizia que “gerir o Hospital de Santa Maria se assemelha à gestão de uma pequena cidade”. Poder-se-á dizer agora também que se assemelha à gestão dum grande “Centro Comercial” ou “Hipermercado” com controlo electrónico/informático de stocks, de entradas e saída dos clientes.

1 comentário:

naoseiquenome usar disse...

Que seja, J.F.
Aqui a primazia vai para a segurança, sendo que estamos a falar deste vector e não de outro - segurança.
Tal não invalida, bem pelo contrário, que medidas de humanização também "sofram" igual impulso, o que não só desejável mas absolutamente fundamental.

Boa noite.