Francisco Ramos , Secretário de Estado da Saúde, na sessão de abertura do Congresso Nacional dos Hospitais abordou duma forma muito pragmática as preocupações e os objectivos do seu Ministério em relação ao SNS .
Um SNS com muitos "espinhos" mas também com muitas "rosas" propostas umas e já em desenvolvimento outras, para o tornar mais apelativo.
Mas no meio de tantas rosas e espinhos, ficou-me esta rosa com este espinho:
Afirma querer dar aos portugueses o garante da "defesa e o reforço de um sistema de saúde de acesso universal, sustentável no futuro e que garanta maior justiça social" e querer gerir "o equilíbrio orçamental dos hospitais pelo lado da despesa" ( o que se aplaude) mas nada é dito sobre o porquê das recém criadas taxas moderadoras e o agravamento das existentes e se isto também não é gerir pelo lado da receita/doente;
E este espinho com esta rosa:
Nada disse sobre o papel da iniciativa privada e a sua articulação com o SNS mas afirma querer o seu Ministério dar a importância devida à Rede de Cuidados Continuados, aos Cuidados Primários de Saúde com o investimento nas USF, às Vias Verdes, etc.
Antes pelo contrário, até parece que não lhe pretende dar assim tanta importância, já que é intenção "rever o modelo das parcerias público-privado" e "clarificar as ambiguidades que o anterior estatuto de SA (Sociedade Anónima) permitia sobre a eventual privatização dos hospitais".
Bem sei que falava para Administradores Hospitalares e abordava a problemática dos Hospitais Públicos mas enquanto representante de CC que não pôde estar presente (o que se estranha), ficava-lhe bem falar também sobre a importância (ou não importância) do sector privado. E não o fez...
Terá sido esquecimento ou propositado?
Fica talvez para outro Congresso...
Que nome lhe dar?
Aceitam-se propostas.
1 comentário:
"CC que não pôde estar presente (o que se estranha)"
Quando o naufrágio se prevê, os ratos...
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