«É tempo da política voltar à saúde», dizia, há uns dias, um ex-Ministro da Saúde. Concordo. Sobretudo se tivermos em conta, os malefícios que a Economia da Saúde, e os economistas da saúde estão a provocar à saúde dos portugueses, com a pretensão de estarem a salvar a pátria. (...)
(...) E a saúde dos portugueses está claramente a piorar, em todos os aspectos. Nenhum ganho se conseguiu com este Ministério e muitos malefícios já redundaram da sua acção: a centralização das urgências, o fecho das maternidades, a política dos medicamentos, as taxas moderadoras no internamento e no ambulatório são alguns dos exemplos mais flagrantes do que tem sido uma política virada contra as populações, em especial contra os pobres. As pretensas medidas estruturais inovadoras, caso das USF e das Unidades de Cuidados Continuados, não se vêm, ao fim de dois anos de actividade e ninguém sabe no que vão dar. Uma coisa é certa, não vão dar melhor saúde, nem vão desagravar os problemas económicos do SNS, podem ter a certeza (eles já estão a dar conta disso).
(...) A incompetência esconde-se por detrás da arrogância, do autoritarismo, da tentativa de intimidar.
O que é preocupante é que quem está a dar início à execução desta nova estratégia são os Ministros que têm vivo à sombra de uma auréola de «lutadores anti-fascistas» (Alberto Costa e António Correia de Campos) e pior ainda é que o mal já está a entranhar-se, de novo (era assim no tempo da PIDE e da delação) no aparelho (vejam que até um senhor deputado, Pizarro de seu nome, ou Bizarro?, veio defender a punição do homem da anedota) e não tardará temo-lo espalhado na sociedade.
Irão ser mais trinta anos?
Pedro
4 comentários:
Agora sim, com um "c" que faz toda a diferença, à semelhança de um cero "h".
esta retórica não pssa dev igual retórica à criticada.
Na saúde e nos demais vectores, há um trinómia: Política/ pensamento/acção.
Política, ou politiquice, há muita.
Pensamento, ou "pseudo-pensamento", pulula por aí.
Acção: destinada a uns poucos, tão poucos, que é quase uma impossibilidade.
A culpa agora é dos economistas.
Nem podia deixar de ser.
Como se fazer contas fosse pecado.
O que era bom era a balda em que vivíamos.
Trata-se de mais uma tirada corporativa de quem não consegue ver para além do coqueiro mais próximo.
Neste caso, segundo julgo saber, de um dispensado/reformado recente do SNS.
… a culpa é dos economistas e dos políticos que com eles alinham em complementaridade e que pelos vistos “sem qualquer pecado aparente” vão relegando “direitos sociais” que de corporativos nada têm.
Ou será que o direito á saúde é um interesse corporativo?
Cara NSQNU:
Errar, todos erramos.
Agredir, todos agredimos.
Reconhecer os erros é aceitar as nossas próprias limitações.
Enviar um comentário