O Dr. Carlos Silva Santos, Chefe de Serviço de Saúde Pública da região de Lisboa e professor da Escola Nacional de Saúde Pública que já ocupou cargos de direcção do Sindicato dos Médicos do Sul e do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, apresentou a sua intenção de se candidatar a Bastonário da Ordem dos Médicos.
É apoiado por um grupo de colegas que em Coimbra elaborou, no mês de Abril, um “Manifesto aos médicos” cujo conteúdo na sua generalidade transparece na entrevista que este candidato deu (publicada pelo Tempomedicina) e que pode ser lida aqui.
"O manifesto defende vários princípios e revindicações, entre as quais, a participação dos médicos, através das suas organizações representativas, em todas as questões relacionadas com a definição da política de saúde do país, e com o ensino e educação médica; a manutenção, modernização e dignificação das carreiras médicas; a sustentabilidade, reorganização e financiamento adequado do SNS, que promova o desenvolvimento pleno das suas potencialidades, o total aproveitamento da capacidade instalada, o reforço dos recursos técnicos e humanos para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde acessíveis a todos os cidadãos.
Os signatários consideram ainda imprescindível o investimento prioritário, em recursos técnicos, de pessoal e financeiros, em áreas estratégicas como os CSP, a saúde pública e a saúde mental, e também um modelo de gestão pública democrática, participada, racional, por critérios objectivos, competente, desgovernamentalizada que garanta a produtividade, o combate ao desperdício de recursos financeiros do SNS, a humanização dos cuidados, mas, também, os direitos e a dignidade dos médicos e do conjunto dos profissionais do sector.
A recusa dos contratos individuais de trabalho e a consagração da contratação colectiva, a completa e clara separação entre o sector público e privado, a diminuição das despesas com a saúde pagas directamente pelo cidadão, que são das mais elevadas da UE, a abolição das parcerias público-privadas para a construção de novas unidades de saúde e a manutenção da titulação única, são outras das reivindicações apresentadas no manifesto."link
Esperemos pela formalização da sua candidatura e pelo seu programa de acção.
1 comentário:
Bem... já chega de surrealismo e diletantismo na saúde, não lhe parece?
As PPP serão uma realidadew sem retorno, os CIT também...
Enfim!
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