quarta-feira, maio 16, 2007

a frieza dos números na Saúde


O MISS – Modelo Integrado da Segurança Social, elaborado e apresentado pelo Banco de Portugal, apresenta dois conjuntos de projecções para o horizonte até 2080, que diferem quanto à inclusão ou não das principais medidas de reforma da segurança social acordadas entre o Governo e os parceiros sociais.


Não resisto a transcrever a análise fria com que esta política macroeconómica trata os campos da natalidade e da esperança de vida da população:


"A análise de sensibilidade efectuada às projecções mostra que uma recuperação da fertilidade mais acentuada do que suposto nos cenários base, melhora a situação financeira da segurança social portuguesa, mas de forma não muito expressiva.

Um pouco mais significativos são os efeitos de uma menor redução das taxas de mortalidade. Uma subida da esperança de vida inferior em cerca de metade à admitida nos cenários base levaria a uma diminuição das responsabilidades implícitas entre 23 e 38 pontos percentuais do PIB, consoante a variante considerada".Link

Assim sendo, reduzida contribuição está a dar, para a sustentabilidade da Segurança Social, a política iniciada com a reforma do Dr.Albino Aroso há mais de duas décadas atrás (e que tantos elogios tem tido) bem como os apelos ao aumento da natalidade, assim como parecem ser prejudiciais para a mesma, os esforços do actual Ministério da Saúde na criação e reforço da “Rede de Cuidados Continuados e de Convalescença” no nosso país.


Que fazer então?
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2 comentários:

lisboa dakar disse...

ORA PRONTO
José de Mello Saúde vence concurso para hospital de Braga
A José de Mello Saúde ganhou a parceria público-privada para a construção e exploração do futuro hospital de Braga.
A obra está orçada em cerca de 140 M€, sendo que os trabalhos deverão arrancar ainda este ano. A construção da futura unidade hospital deverá estar concluída em 2010.
O hospital de Braga servirá os distritos de Viana do Castelo e Braga, e terá uma lotação prevista de 690 camas. Contudo, o número de camas deverá aumentar nos cinco seguintes anos.
«a instituição terá o estatuto de hospital universitário, colaborando com a Universidade do Minho».

(mirrem os outros, que este vai ser um elefante como o S João / Stº Maria, etc... o que não aocntece por esse mundo fora - a moda volta pra tráz)

J.F disse...

Assim parece ser...

Como se de um comércio ou indústria o "negócio" da Saúde se tratasse, a avidez do lucro dos Mellos e C.ias tal exige...

O pior é que tudo o que vemos estar a ser feito pelos nossos governantes, não só no campo da saúde, é-nos apresentado hipocritamente como acções conducentes à criação de melhores serviços, com maior qualidade e a mais baixos custos...

A bem da população e das finanças públicas, acima de tudo.
E porque a ajuda "desinteressada" dos privados não é de desprezar, que venham muitos nos ajudar...