quarta-feira, maio 02, 2007

cartas para Bastonário da Ordem dos Médicos


Depois de Miguel Leão ter formalizado, a 13 de Março, a sua candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos, chegou a vez de Pedro Nunes também o fazer (como esperado o era), estando prevista a apresentação da sua candidatura, para o dia 30 de Maio.
Dum movimento liderado por Carlos Silva Santos espera-se, do mesmo modo, que saia uma terceira candidatura.


Miguel Leão nasceu no Porto no dia 26 de Setembro de 1960. Divorciado, com uma filha, fez o Secundário no Liceu D. Manuel II, no Porto (…) foi vice-presidente do Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos entre 1999 e 2001. (…)
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Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes nasceu em Lisboa no dia 17 de Março de 1954. Casado, com um filho, fez o Secundário no Liceu Pedro Nunes. (…) Já nos anos noventa entrou na Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos e em Dezembro de 2004 foi eleito bastonário da Ordem dos Médicos. (…)

Miguel Leão diz:
"Sou um defensor do Serviço Nacional de Saúde nas suas vertentes pública, solidária, humanista, que não discrimine doentes, com uma estrutura de carreiras que defenda uma diferenciação técnica dos médicos."
"Acho que o estilo e a forma de intervenção do senhor ministro não têm contribuído para a paz e serenidade do sistema. E em algumas matérias o Ministério da Saúde não tem demonstrado uma estratégia coerente. E, sobretudo, o que tem acontecido é que se fala muito antes de se fazer e muitas vezes dizer-se que se vai fazer antes de tempo. E para lhe falar em muitas áreas médicas, o senhor ministro tem andado mal."

Pedro Nunes, diz:
"Mais uma machadada no nosso Serviço Nacional de Saúde, que tem vindo a ser, aos poucos, desarticulado, apesar de funcionar muito acima do que se esperaria, com as condições existentes".
"Os médicos não aceitarão ver encerrar um serviço útil e insubstituível para uma população abandonada no interior, pelo único critério de só realizar três ou quatro atendimentos numa noite".
"Encerrar um desses serviços pode ter um violento significado para as populações que dele se servem. E os médicos não o aceitam, porque um desses atendimentos pode ser o filho único de alguém que fica sozinho, pode ser o velho que não consegue ir mais longe".
"Os médicos estão preocupados porque temem a desarticulação do SNS que, mais que a ninguém, a esta geração de médicos se deve".
"Queremos uma nova visão, semelhante à que deu origem ao SNS, ao serviço médico à periferia, aos centros de saúde ou aos hospitais distritais".

E porque se tratam de cartas iguais dentro dum mesmo baralho já usado, baralhadas estas cartas, ganha quem melhor souber jogá-las.

Será que um novo baralho, não viciado, ainda vai aparecer?



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1 comentário:

naoseiquenome usar disse...

Tudo farinha do mesmo saco.
A corruptela não é uma figura exclusiva da língua portuguesa. É, sobretudo, dos Portugueses.