sábado, março 10, 2007

revisão das Carreiras Médicas


Não... ainda não é o novo diploma das Carreiras Médicas!!!
Mas vale a pena ler e analisar o documento divulgado pela Comissão Executiva da FNAM, sobre:
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A REVISÃO DAS CARREIRAS MÉDICAS
As Carreiras Médicas como garantia da qualidade dos Serviços de Saúde


Com data de 27 de Fevereiro de 2007 e publicado no site da FNAM a 5 de Março, esta organização sindical “decidiu proceder à elaboração deste documento face à necessidade de estabelecer um enquadramento global da discussão em torno da revisão das Carreiras Médicas, surgida na sequência dos seguintes factos: negociação do ACT para os hospitais EPE; anúncio, por parte do Ministério da Saúde, da abertura futura de negociações para a revisão global do D.L. n.º 73/90; e a necessidade de perspectivar uma actualização do D.L. n.º 73/90 à luz das novas realidades e após 17 anos da sua vigência legal.”

Nele, faz a defesa da necessidade desta revisão/actualização ao analisar o contributo que as Carreiras Médicas tiveram para que o SNS pudesse ter adquirido “inquestionáveis ganhos, de que o seu índice de desempenho global é uma realidade objectiva, com a sua colocação em 12.º lugar mundial, na última classificação dos sistemas de saúde elaborada pela OMS” e ao considerar as mudanças que em termos organizativos e estruturais se processaram no SNS nos últimos 25 anos com a institucionalização das Carreiras Médicas e em particular nos últimos 17 anos de vigência do actual DL nº73/90.

E porque a revisão das Carreiras médicas irá ter por base negocial o Relatório da Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações, elaborado pela Comissão Governamental presidida pelo Prof.Luís Fábrica e a Proposta Governamental sobre “Reforma dos Regimes de Vinculação, de Carreiras e de Remunerações na Administração Pública” (Janeiro 2007)
, neste documento da FNAM, são analisados os pressupostos em que este relatório e proposta se fundamentam para definirem os princípios gerais de reforma e a sua correcta ou incorrecta aplicabilidade às carreiras dos profissionais da saúde, no que respeita a:

Contratos de trabalho (individual/colectivo)
Progressão (horizontal e vertical)
Remunerações (base, suplementos, por desempenho, RRE, CRI, leque salarial)
Vinculação (nomeação/contrato)
Tipos de Carreiras (geral/especial, conteúdos, deveres e ingressos)


Termina este Documento com um resumo das Directivas do Conselho e Parlamento Europeu referente a estes mesmos temas.

Documento importante para servir de base à análise e discussão em torno da Revisão das Carreiras Médicas, de Enfermagem e da Administração Pública da saúde em geral já que "o trabalho na saúde abandonou o âmbito individual e passou a processar-se na base de equipas, reunindo um universo crescente de trabalhadores que produzem em cooperação".
link

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2 comentários:

naoseiquenome usar disse...

O diploma tem 17 anos. O SNS tem 25. Um pouco mais...

Há coisas que se tornam obsoletas com o tempo.
O que ontem era bom, hoje, depois de experimentado, revela-se mau.
Ele são as pessoas e os profissio0nais que querem SU's abertos, mas concomitantemente os médicos (falando apenas nestes profissionais, que é o que está em causa), não fazem mais de 12 horas por semana e/ou, outros, pedem dispensa de serviço nocturno.
São "privilégios" decorrentes da lei que tolhem, na actualidade, o seu bom funcionamento.


No entanto, o Prof. Luís Fábrica, autor de um insólito estudo sobre o acto administrativo, rejeitado por TODOS os (outros) entendidos na matéria, será um elemento surreal para uma reforma desejada.

Anónimo disse...

Não vou tomar partido da discussão. Sou psicólogo.
Quero apenas, se tal me fôr permitido, destacar a postura de NSQNU, no contexto.
Ultrapassando-se, revela-se cada vez mais uma grande MULHER e conhecedora do que fala.
A minha homenagem é-lhe devida.
Publicamente.


Miguel