Pedro Nunes no Congresso Nacional de Medicina:
"Não aceitamos ver encerrar um serviço útil e insubstituível para uma população abandonada no interior, pelo único critério de só realizar três ou quatro atendimentos numa noite, porque um desses atendimentos pode ser o filho único de alguém que fica sozinho, ou pode ser o velho que não consegue ir mais longe. Não somos capazes de nos calar quando assistimos a decisões tomadas em subordinação ao critério de qual é o mais forte e de quem detém o maior interesse. Pedro Nunes
Arlindo de Carvalho no Congresso “Gerir em Saúde”:
“não é tolerável que em Portugal, num futuro próximo, por degradação dos serviços de saúde, se assista ao aparecimento de beneficiários de serviços de qualidade que podem deslocar-se a outros países e os que, por impossibilidade de o fazerem, deixarem de dispor no país de serviços de igual qualidade”
“o desejável crescimento de um sector não público na área da saúde, não poderá significar a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), deixando largos núcleos de cidadãos sem a assistência conforme os padrões de superior qualidade”
“ao Estado não cabe outra solução que não seja a garantia da prestação pública dos cuidados de saúde não havendo espaço para definição de outra solução que signifique fuga às responsabilidades”. Arlindo de Carvalho
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1 comentário:
... E que o Deus que eu não tenho, ou me perdoe se blasfemo, seja capaz de dizer basta a "serviços domésticos" defendidos ao mais alto nível.
Somos assim.
Queremos tudo.
A excelência não se compadece com estes "serviços domésticos", (que me perdoe quem faz do serviço doméstico profissão, já que, afinal, todas as outras fazemos serviço doméstico. Não, não é contra vós o meu discurso. Bem-hajam).
É contra esta mentalidade de achar que se pode tudo sempre.
Mas não podemos.
Há que escolher, priorizar e, pelo menos tentar, dar o melhor. O melhor, neste caso, de um país, embora pequeno, não pode ser um critério subjectivo. Não pode ser o das "nossas urgências"; a urgência daquele que vai depois de jantar ao SU, quando lhe dá mais jeito. A urgência não serve nem pode servir para isso.
É que existem verdadeiras urgências e emergências, que, sim.... verdade... essas não podem ir aos Sap's, consultas abertas ou de recurso, SASUS, CATUS, AC...
Para isso sim, reforcem-se os cuidados de saúde primários.
É outra história, que ninguém parece querer ver.
Vamos por partes.
Ok. O "processo" sofre de falta de articulação.
Certo.
Mas...
Já agora:
Pedro Nunes - muito poucas vezes sustenta o que diz e o que lhe interessa agora é marcar pontos parta as próximas eleições.
Arlindo de Carvalho:
Já se esqueceram que foi ministro?
Que propôs seguros complementares de saúde?
...
Tenhamos vida. E coragem.
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