quinta-feira, dezembro 14, 2006

seguradoras à espreita

A actual política de Correia Campos de destruição progressiva do SNS e o aproveitamento que as instituições privadas se preparam para dela retirarem os seus lucros, é analisada num artigo de opinião de Maria João Gago hoje publicado no DN.

Vale a pena lá ir e ler.

Diz a autora que "a maioria das principais empresas seguradoras que disponibilizam seguros de saúde está ou admite vir a criar produtos que respondam ao facto de o Estado estar a reduzir os apoios concedidos, seja através da diminuição dos benefícios concedidos seja através do aumento e criação de novas taxas de utilização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ".

Segundo as Companhias de Seguros, com esta tendência de aumento e criação de novas taxas, de descomparticipação de medicamentos, da eliminação de sub-sistemas e da diminuição das despesas do Estado com os funcionários públicos, associada à crescente incapacidade de resposta do SNS face às necessidades dos cidadãos ir-se-á presenciar um aumento da procura de seguros de saúde.

Assim, a Tranquilidade, do grupo Espírito Santo, a Multicare e a Medis, a Fidelidade/Mundial e a Império/Bonança do grupo CGD, todas elas em linhas gerais propõem-se lançar uma campanha de promoção de "seguros de grupo" em detrimento dos "individuais" à medida das necessidades identificadas, segundo afirmam.
Com este mesmo objectivo também a Vitória, a Axa e a Lusitânia, do grupo Montepio, estarão atarefadas no estudo de propostas a fornecer a variados grupos profissionais.
E conclui Maria João Gago que os preços vão subir, já que:

"O aumento da apetência do mercado - visível não só nos seguros de grupo mas também entre clientes particulares - vai traduzir-se num aumento dos prémios cobrados aos segurados, como já admitiu publicamente o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores. Para as seguradoras, a subida dos preços será um reflexo do agravamento dos encargos com os cuidados de saúde e também da maior utilização do seguro.De acordo com os dados da Axa, a inflação dos serviços hospitalares é de 8,2%, a dos serviços médicos e para doentes ambulatórios é de 2,6%, enquanto a dos serviços de medicina dentária ascende a 2,3%. Por isso, é natural que a MultiCare admita rever preços acima da inflação anual (cerca de 3%), enquanto a Médis garante que os subirá abaixo da inflação médica. A Victoria reconhece que este produto é "caro", enquanto a Generali admite um aumento mais significativo a partir de 2008."

Haverá ainda dúvidas?

1 comentário:

J.G. disse...

é razão para dizer:
- grande "C"