sexta-feira, dezembro 15, 2006

centro hospitalar Guimarães - Fafe



Coloquei aqui no “Que Raio de Saúde a Nossa” em 21 de Novembro um post com o título “prendinha de Ano Novo para pequena cidade do interior do país?a propósito da visita que membros do CA da ARS do Norte fizeram ao Hospital de S.José de Fafe:
(…)
Mas ainda houve tempo para dar a conhecer aos distintos membros da ARS a desmotivação pela ausência de apoio, de perspectivas e de diálogo, num tempo de mudança que se aproxima com a integração desta Unidade de Saúde no secreto Centro Hospitalar que vai ser criado dentro de pouco mais que um mês.Fiquei entretanto a saber que a falta de diálogo sobre a criação deste centro Hospitalar se deveu por um lado a dificuldades que não quiseram revelar (alheias à vontade do CA da ARS) e por outro lado acharam por bem não o promover para não criar alarmismos e falsas expectativas. Uma vez mais, é muito estranho.Pediram-nos para esperar por esse dia e logo depois saberiam os responsáveis, os serviços os profissionais que aqui trabalham e a população de ... (pequena cidade do interior), o que lhes ia acontecer…

E pelos vistos o pedido para esperar por esse dia está a ser consumado, já que decorridas quatro semanas, continuam os profissionais de ambos os Hospitais sem saber o que vai ser o Centro Hospitalar, quais as suas perspectivas e quando e como é que ele se vai constituir. Deste modo se estão a evitar “alarmismos” e “falsas expectativas”.

Não é caso inédito mas como é possível que:

A imprensa Nacional tenha conhecimento de quem vai ser o futuro Presidente do CA sem que o despacho ministerial da constituição do referido Centro Hospitalar tenha sido exarado e que indique nomes “quase certos” para fazerem parte do referido CA. Jornal de Notícias

Que o actual Presidente do CA do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães convoque o seu Director Clínico, acabado de regressar de férias, para o confrontar com o facto de que “seria o único elemento que não deveria fazer parte da futura orgânica do Centro Hospitalar Guimarães-Fafe, que deverá estar formalmente constituído em Janeiro.” Diário do Minho

E tudo isto se passa ou se vai passando sem que "ninguém saiba". Os "ninguém" que mais deveriam e necessitariam saber, por forma a se sentiriam estimulados e motivados para os desafios da mudança que se pertende para melhor.
Já chega de secretismo, de alarmismo da população, de fomento quase que "deliberado" da desmotivação dos profissionais da saúde de ambas as unidades Hospitalares, da falta de diálogo e de clareza de objectivos.

Palavras anónimas, em resumo, de alguém que está bem a par deste e de outros temas da saúde:

"Nem sei quem será mais responsável por esta falta de diálogo e de articulação. Sei que quem sofre é o doente, quer pela exigência da adaptação à mudança e aos respectivos serviços de que pode usufruir (ora passar a, ora deixar de), quer pelo ambiente que se gera mesmo ao nível interno, com o descontentamento dos profissionais a ficar mais evidenciado.
O lamentável é a forma como é conduzido.
Isto era expectável, já que está inserido nas estratégias políticas conhecidas."

4 comentários:

Anónimo disse...

Ò JF desta vez não foi muito claro. Deve ser por estar irritado com a situação, não é caso para menos. Aqui lhe deixo a minha solidadiedade. ...E sempre lhe digo, há pessoas pequeninas que passam a vida a "torturar" os outros, mas está visto que até esses também um dia lhes acontece o mesmo; e para esses é pior porque acabam por se sentir traídos pelos que consideravam colegas e amigos - do mesmo nível deles.

Anónimo disse...

Ò JF os utentes não parecem estar muito alarmados, ninguem os ouve.
Será a classe médica a mais aflita? Irá ela perder regalias, estatutos?!!

J.G. disse...

Como se diz na minha terra: "O corno..."
Acabando com o SEU hospital autónomo, haverá melhor maneira de calar os Fafenses do que dar o lugar de director clínico desse novo centro a um dos seus, por exemplo ao actual director?
Será BOM? Será MAU?
O quê: O dar ou o dito?
Como é que ele foi como director?
Que tipo de telhado tem?
Se vier a ser o novo DC será melhor para a população de Fafe e arredores? E para a malta do Hospital de S. José de Fafe?
E se não fôr ele mas sim outro? A sua obrigação não é ...blá, blá...?
Grande Pai Natal!

J.F disse...

Meu caro Jocapoga
Será bom? Será mau?
Não é a atribuição dum cargo (como vogal executivo ou Director Clínico) no futuro CA do Centro Hospitalar a um membro do actual CA do Hospital de Fafe que vai “fazer calar os fafenses”.
Porque como o “anónimo” refere “ninguém os ouve”. Mas ninguém os ouve porque a população, na sua generalidade, desconhece o que se prepara para o “seu” Hospital. E não o poderia saber já que nem os profissionais do hospital com cargos de direcção o sabe também.
A responsabilidade e os desígnios deste desconhecimento são da responsabilidade da ARS do Norte e de quem sabe com quem ela possa ter firmado acordos de bastidores.
Será que o seu Presidente da Câmara, os Presidentes do CA do Hospital de Guimarães e de Fafe o sabem? Creio que sim, pelo menos alguns deles devem saber.

Meu caro 2º “Anónimo”
Não é só a classe médica que está “aflita” se é que este termo se aplica.
O que a generalidade dos profissionais da saúde do Hospital de Fafe, assim como os doentes anónimos (que são muitos e que se revêem na qualidade da assistência que lhes é oferecida) mostram, é preocupação pela dúvida do que o futuro lhes possa reservar. Quer em termos de realização profissional quer em termos de manutenção da quantidade e qualidade de serviços assistências nas valências medicas e cirúrgicas actuais.
Tão só isto. E este “tão só” deveria preocupar todos: cidadãos, dirigentes e políticos não só da região em questão mas de todo o país em geral.