sexta-feira, dezembro 01, 2006

acordos e desacordos com as listas de espera



Segundo o Jornal de Notícias, dizem Pedro Nunes (Bastonário da Ordem dos Médicos) e Teófilo Leite (Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada) a propósito da persistência das listas de espera no âmbito do SIGIC:

De acordo:
Pedro Nunes: “Os recursos disponíveis para a saúde não permitem reduzir as listas de espera para a cirurgia”
Teófilo Leite: “a sua capacidade era de 100 mil cirurgias, mas as verbas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde só permitiam contratualizar 50 mil”

Em desacordo:
Pedro Nunes: "não é com este sistema, com dotações financeiras extraordinárias ou pagamentos de produção à peça, que se resolve a situação, essa é a solução de economistas. Os médicos só fazem o que podem com os meios que têm"
Teófilo Leite: “os hospitais privados têm demonstrado todo o interesse para cooperar”

Teófilo Leite: “as restantes (cirurgias) estamos a negociar com os responsáveis do programa de listas de espera inglesas
Pedro Nunes: "os doentes andam a ser operados por médicos que não conhecem, não são seguidos pela mesma equipa"

E também de acordo:
Pedro Nunes: “o mais importante não são os números, mas os tempos de espera de acordo com a gravidade das patologias”
Correia Campos: número de inscritos é irrelevante, o que é importante é o "tempo de espera, que deve ser reduzido”.
Será que Correia Campos também está de acordo como que Manuel Delgado disse?
Manuel Delgado: “Não temos sido bem sucedidos no combate às listas de espera. O número de inscritos é idêntico ao do ano anterior, o tempo médio de espera não teve uma alteração significativa, logo, e tendo por base apenas estes indicadores, não se pode avançar muito mais"
E ontem, em entrevista dada à Visão, Correia Campos diz:
"Qual a intervenção dos privados nas listas de espera? Menos de 10 por cento! Também nós estávamos convencidos que haveria um boom privado nessa área, mas isso nunca se verificou. A verdade é que a abertura foi total para com o sector privado e este não manifestou mais do que um interesse marginal. E não está a dar mais do que um contributo marginal para a resolução dos problemas das listas de espera".
Que confusão para aqui vai... será que é para continuar?
Tony Blair(s) ou Margareth Thatcher(s) precisam-se (o diabo que escolha).

4 comentários:

J.G. disse...

As myserycórdyas são pryvadaz?

J.F disse...

claro que sim meu caro

naoseiquenome usar disse...

Respondendo, não ao post, mas ao "jocapoga" (falará em alemão?)
Sim.
E daí? Quanto contribuíram para os cuidados de saúde humanizados até hoje?
E quanto continuam a contribuir, através da perversidade que é a dos médicos do SNS (muitos (tantos!!!!!!!) exercendo a sua actividade em hospitais originários de misericórdias)???
Exige-se reflexão, sem duvida.
E crítica, sim!
Mas não critíca por crítica, daquela que cai bem por que sim...

Abraço, "jocapoga"

Anónimo disse...

Excelente a observação a da srª naoseiquenome usar.