domingo, novembro 12, 2006

congresso de aplausos


Ministro da Saúde justifica novas regras para viabilizar SNS
O ministro da Saúde, Correia de Campos, justificou hoje no Congresso do PS as novas taxas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como a única forma para manter viável este modelo público.
«Pequenos sacrifícios imediatos são a melhor garantia do futuro do SNS», afirmou o ministro, que ouviu vários aplausos por parte dos militantes que hoje (Diário Digital 12-11-06)

Mas o aplauso no Congresso do PS não foi surpresa para ninguém assim como o não é a quase unanimidade de apoio à política de JS por parte dos congressistas, ou não fosse este congresso "cheio" de delegados à espera de oportunidades.
Aplausos a CC quando anuncia contar com os 7 a 9 milhões de euros, arrecadados com as taxas ditas moderadoras, para tratar 2000 novos doentes com cancro.Com este anúncio, CC não se furta, demagogicamente, a apelar aos bons sentimentos dos portugueses.
O que CC, demagogicamente também, esconde aos congressistas e à opinião pública é que dos 5.5 milhões de portugueses "isentos de pagar taxa" uma grande maioria deles não está nem irá estar isento de contribuir proporcionalmente, com os seus impostos para o SNS (vide propostas do OE 2007 sobre o IRS de reformados e deficiente).
O que CC, também demagogicamente, não esconde é o argumento "gasto e cansado" do preço das refeições hospitalares já que não consegue arranjar mais argumentos para defender o que é indefensável à luz da actual Constituição.
Não deve CC também esconder, demagogicamente, que conta com as taxas para modernizar o SNS.

Impõe-se sem dúvida uma modernização do SNS.

Mas pede-se a CC que também aqui não seja demagógico e que diga claramente aos portugueses que com esta modernização, ao contrário do que diz, não torne a privatização mais apetecível, como o foi em outras empresas que já foram públicas?

É que o toque está a ser dado: "com a introdução de melhorias é possível prevenir tentações privatizantes".
Esperemos que sim …

3 comentários:

naoseiquenome usar disse...

Como numa sinfonia, a orquestra, com seus componentes humanos e materias, é complexa.
Assim, não pode haver uma estratégia individual, mas antes interdisciplinar ou transversal, para que tudo saia afinado.
Às vezes é "confuso" como tal resultado se obtém, dadas as combinações e implicações ético-políticas a montante e a jusante.
Boa noite.

naoseiquenome usar disse...

Pois é verdade!
"Valha-nos DEus!".
Foi exactamente a pensar nisso, que irónicamente coloquei no "ar" para discussão a teoria de Nash.
Quando todos se convenciam que CC já não ia falar, porque hoje era o dia de encerramento e só JS em princípuio falaria, eis que ele surge revigorado e é aclamado...
Por isso me refero à máquina partidária como a uma orquestra e por isso disse, "Às vezes é "confuso" como tal resultado se obtém, dadas as combinações e implicações ético-políticas a montante e a jusante".
Sim, porque esta coesão terá implicações...

Anónimo disse...

Ele anda por aqui a dizer asneiras.
Espanto.