Ontem comentei um post em Saúde SA sobre “Aumentar a Automedicação” dizendo que:
“Então não é que CC e sua equipa sabe fazer bem as contas?Comunica aos cidadãos, com toda a pompa e circunstância, a intenção de diminuir em 6% o PVP dos medicamentos (resta saber se de todos) mas depois, pela calada... diminui a taxa de comparticipação do Estado e aumenta a lista dos não comparticipados.É que com o avanço tecnológico em que tanto este governo investe, consegue saber CC, através da informática, o perfil terapêutico medicamentoso nacional e assim onde e como baixar os preços e onde baixar ou anular a comparticipação estatal. Senão veja-se a listagem dos princípios activos a que se propõe CC retirar a referida comparticipação.A informática a bem das finanças públicas e contra o desamparado doente.”
Mas depois de abrir o link publicado no JN e analisar com mais cuidado a lista dos medicamentos que vai engrossar a já volumosa lista dos não comparticipados pelo MS, só tenho que me penitenciar pelo erro de análise que na altura fiz.
É que não deve ter sido por razões economicistas que CC elaborou este acréscimo à lista já existente mas sim por três ordens de razões:
Senão vejamos:
1. Investir na prevenção
Betadine solução ginecológica, Candid, PanFungex, GynoDaktarin – drogas do grupo dos anti-sépticos e anti-fúngicos ginecológicos que poderão ser evitadas se se investir no uso do preservativo e na moralização da sociedade portuguesa no sentido de diminuir ou acabar de uma vez com as relações extra-matrimoniais e promíscuas. O mesmo se pode aplicar à utilização abusiva do Acaril Bial pela mesma ordem de razões.
Otoceril – dar valor à actividade que os Ministros do Trabalho e da Economia estão a desenvolver, no sentido de obrigar os trabalhadores portugueses a não fazerem “cera” assim evitando a necessidade da utilização do Otoceril para a retirar do canal auditivo externo.
2. Tratar a doença através da eliminação da causa ao invés de tratar os sintomas
Brufen, Aspegic, Lisaspin,Panasorbe, Paracetamol, Zemalex, Voltaren Emulgel – drogas do grupo anti-inflamatórios não esteroides - para quê utilizá-las com o objectivo de diminuir as cefaleias se estas são provocadas pelas notícias diárias que os portugueses recebem da necessidade de mais e mais apertarem o cinto?
Proclor e Eugastrim 10 – drogas do grupo de protectores gástricos frequentemente usadas para tratar a pirose (azia) ou enfartamento gástrico se estes sintomas que os portugueses apresentam aparecem e persistem quando ouvem falar em mais uma medida do MS em particular ou do Governo em geral?
3. Manter por razões óbvias alguns dos sintomas para o “bem-estar” de alguns:
Viru Merz – para quê usar este anti-herpético eficaz, se com herpes labial se torna muito mais difícil erguer a voz contra as medidas anunciadas pelo MS?
Microlax – para quê usar este laxante intestinal se o “medo” do futuro com que os portugueses se debatem já dá para desanuviar os intestinos?
Pipermel – para quê utilizar este anti-parasitário intestinal se há que proteger os “parasitas” que pululam na administração pública em actividades temporárias e com rendimentos assegurados?
Cecrisina, Calcium, Cálcio Sandoz, Cobaxid, VE 150, Vitamina C Retard, C Nergil, Sandocal – grupo de medicamentos vitamínicos e minerais que podem perfeitamente ser substituídos por uma alimentação correcta, exercício físico e leite… muito leite para prevenir a osteoporose (ver o excedente de produção leiteira em Portugal, apesar das cotas europeias).
Broncopulmo, Mucodrenol, Tosseque – para quê mobilizar a expectoração com estes mucolíticos se está demonstrado que a transmissão das doenças víricas (gripe, HV1, etc) se transmitem via aérea?
Afinal tinha-me enganado…
As minhas desculpas Senhor Ministro CC
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1 comentário:
O Ministro é como o Obelix, caiu num panelão de Microlax quando era pequenino...
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