Rendo-me à minha falta de capacidade para diferenciar o que é importante do acessório…
É que desde a importância dada às USF e agora reforçada por Ana Jorge, em declarações aquando das suas várias “inaugurações” já realizadas no norte e centro do país, aos “conflitos” que se avizinham com a discussão do projecto de CC relativo aos incentivos para os profissionais destas unidades, até parece que a revelação da imoralidade que tem existido com o contemplar as cirurgias de estética no “programa de resolução das listas de espera”, parece ser acessório.
Mas quando se ouve dizer ao coordenador do SIGIG, Pedro Gomes, que «Não há qualquer imposição da parte do SIGIC sobre o que se inscreve ou não no sistema»…
e porque isto, aparentemente não me parece ser acessório, apetece-me dizer:
Se não há… deveria haver !!!
Que me desculpem os homens que se começam a preocupar com as questões de estética, particularmente do nariz, assim como as mulheres portuguesas que querem contrariar a “tendência para as coxas largas e barriga grande” bem como a moda (que já passou), de terem seios pequenos.
E que me desculpem também, os colegas cirurgiões plásticos que, com a “imposição que deveria haver” por parte do SIGIC, possam vir a perder a oportunidade de nas “suas” clínicas privadas poderem ”fazer a mão” e arrecadar uns Euros mais em cirurgias estéticas, inscritas no SIGIC através das suas próprias consultas hospitalares públicas.
Mas também todo o direito têm, depois, de exigir desculpas a algumas Administrações Hospitalares, por se verem coarctados de poderem realizar cirurgia reconstrutiva (não estética) nos “seus” Hospitais Públicos para corrigir “esteticamente” uma mastectomia realizada por razões oncológicas, só porque existe uma “imposição” administrativa para não serem adquiridos implantes mamários para essa, nem nenhuma outra finalidade…
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