- O ministro da Saúde diz que está a salvar o Serviço Nacional de Saúde. A Ordem e os médicos dizem que as reformas estão a arrasar o Serviço Nacional de Saúde. Quem tem razão? Quem fala verdade?LFM: Não defendo a privatização de tudo, defendo é que haja um equilíbrio entre o sector público e o privado nas áreas sociais. O que quero é acabar com a ideia de que o prestador privado não pode fornecer um serviço público.
Mas voltando às críticas ao ministro da Saúde, entendo que se tem de racionalizar o sector, mas deve haver alguma prudência. Não questiono todos os serviços que fecham, questiono aqueles que me parece terem sido fechados de forma precipitada. Não pode haver lógica de política de terra queimada. Mais: em certas circunstâncias podia justificar-se alguma discriminação positiva, pois há zonas do país que estão a ficar desertificadas e despovoadas. Manter aí um determinado serviço público pode ajudar a manter uma povoação no limiar que lhe permite resistir à desertificação e abandono.
- Voltando à saúde. Como é que aplicava nesse sector a "receita" que expôs para a educação?
LFM: Posso dar um exemplo: o da projectada construção de um novo hospital na Póvoa do Varzim, onde já existe um excelente hospital privado. Por que é que não se contratualiza com esse hospital a prestação de serviço público? Talvez por um preconceito ideológico sobre o que é o papel do Estado na prestação de serviços públicos. JP-Destaque
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