quarta-feira, setembro 05, 2007

gastos em saúde




De que vale esta “simbólica” atitude:

“os cinco membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, que integra o Hospital Pedro Hispano, decidiram abdicar dos carros (de luxo) a que têm direito.” Sol


Se …

“Cerca de 22 mil pessoas residentes na área de jurisdição do centro de saúde da Senhora da Hora, em Matosinhos, têm as consultas e recebem os cuidados médicos primários em clínicas privadas, quando deveriam ser atendidas na unidade de saúde pública ( Unidade Local de Saúde de Matosinhos)” JN
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... e já agora, porque não espreitar no Boticário:
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4 comentários:

Carago disse...

Meu caro JF
O Sr. deputado Honório Novo está deficientemente informado e as suas críticas são infundadas... Valeria a pena ler o jornal Publico sobre o mesmo assunto...é que a situação em questão é a que resultou de um sistema de convenções definido por portaria em 1990 ( Portaria nº 667/90), percursor até das agora tão badaladas USFs. Houve então pouca adesão a essa modalidade e poucas "convenções" apareceram e muito menos perduraram...além da da Srª da Hora há uma outra idêntica em VN Gaia.

Carago disse...

As minhas desculpas por não ter fornecido o link para a tal notícia: http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fid%3D11888963

J.F disse...

Obrigado pelo oportuno esclarecimento e pelo link da notícia do Público que apresenta a opinião do Dr.Nuno Morujão, presidente do CA da ULSM.

Trata-se efectivamente duma Portaria publicada a 13 de Agosto de 1990 que define as normas de articulação entre as ARS e a actividade privada para prestação de cuidados de saúde primários, para no momento (há 17 anos) e a título experimental, o MS do então Ministro da Saúde Arlindo de Carvalho poder recorrer à actividade privada para ultrapassar as dificuldades de acessibilidade no âmbito dos cuidados primários.

Uma solução criada, como experimental, por Portaria, e que se perpetua como definitiva ao longo de 17 anos, somente neste Centro de Saúde da Senhora da Hora e num outro de VNGaia (como o afirma), parece ser digna de preocupação e de sugestão de apuramento de se ela não comporta, nos dias de hoje, "custos suplementares para o Serviço Nacional de Saúde", tanto mais que o próprio Administrador da ULSM (Nuno Morujão) afirma, segundo o Público, que “Não sei se isso de alguma forma os coloca numa posição privilegiada.” quando aos 6 médicos envolvidos por esta “articulação” se refere.

Se não sabe, alguém deverá saber.

Carago disse...

Sempre ao dispôr para proporcionar uma melhor e mais correcta informação
Não posso dizer se tal modalidade de prestação de cuidados é ou não passível de replicação e generalização...quem tal deveria avaliar parece que não o fez... e de qq modo a modalidade em questão ficou apenas como residual...
Quando o Dr. Nuno Morujão fala em previlégios talvez o seja em referencia a haver uma remuneração por capitação, algo que não existe a nível de prestação de cuidados de saúde - até que o DL 298/2007 ( das USFs) entre em vigor em Janeiro de 2008 e nas USFs de modelo B possa haver uma remuneração por capitação ponderada.
Mas penso que o valor dessa capitação nas tais Convenções é baixo...