domingo, setembro 02, 2007

a frieza dos números na saúde


Segundo o relatório “Evolução dos elementos económico-financeiros dos Hospitais EPE Junho(2006 / 2007)” link, da responsabilidade da Administração Central do Sistema de Saúde, dá-se a conhecer que os 35 Hospitais EPE diminuíram o prejuízo em 57,4 por cento no primeiro semestre do ano, face ao mesmo período do ano passado sendo que o Centro Hospitalar Lisboa Central terá sido, entre os Hospitais EPE neste semestre avaliados, o que apresentou o pior desempenho financeiro.

Sem qualquer comentário à frieza dos números dum relatório deste tipo nem às justificações por outros apresentadas, vale a pena ler esta notícia da Lusa com o título “Administração Centro Hospitalar de Lisboa justifica prejuízos com recente agregaçãolink donde retiro:

(...)Em comunicado, o conselho de administração esclareceu que o Centro, que agrupa os hospitais de S. José, Capuchos, Desterro, Santa Marta e Estefânia, foi criado em Março deste ano.

"Desta muito recente agregação, resultou o somatório dos vários activos e passivos mas resultou também, numa diminuição de receitas dado a anulação das prestações de serviços recíprocas".

Em reacção a estes números, a administração afirmou que "a previsão de prejuízos não é a melhor e muito menos a única forma de avaliar o desempenho dos Hospitais".
"Por esse facto quer este conselho de administração esclarecer que, quando se fala em resultados líquidos de exercício, pesam nas contas os resultados negativos e acumulados dos anos anteriores, mas a ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde] avaliou o desempenho económico-financeiro no primeiro semestre e a avaliação não foi obviamente negativa".

De acordo com os valores fornecidos pela administração, os custos cresceram apenas mais 0,6 por cento relativamente a 2006, o que representou três por cento abaixo do orçamento económico deste ano e menos 3,8 milhões de euros.

Ao nível dos custos com pessoal, a administração destacou que existiu um decréscimo de 3,6 por cento face ao orçamento económico e de 1,6 por cento comparado com o período homólogo.

Relativamente ao orçamento económico, o conselho referiu que existiu uma descida de 1,6 por cento, esclarecendo, no entanto, que sofreu um acréscimo de 10,8 por cento (5 milhões de euros) em termos homólogos, em função do aumento do consumo com medicamentos.
"O aumento dos custos com medicamentos verificou-se nos Hospitais de Dia de Hemato-oncologia e Neurologia, bem como na área do HIV e deve-se não só ao aumento do número de doentes tratados, mas também a alterações nalguns protocolos terapêuticos" (...)
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pois...
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