terça-feira, julho 03, 2007

a sustentabilidade do SNS, certa ou errada?

tereza costa rego


"A dívida do Serviço Nacional de Saúde aumentou 14,6 por cento em 2006, para os 1,1 mil milhões de euros. Já o prazo de pagamento aos credores subiu para 3,8 meses, segundo a Conta Geral do Estado.
De acordo com o relatório de finanças públicas hoje divulgado pela Direcção-geral do Orçamento e citado pela «Lusa», a dívida do SNS cresceu 147 milhões de euros, embora este valor possa estar enviesado porque os dados não se encontram consolidados (pode haver algumas duplicações de dívidas).
A maior componente dessa dívida é relativa a «outros credores», entre os quais se encontram as dívidas às administrações regionais de saúde, às farmácias e aos médicos e serviços convencionados, num total de quase 793 milhões de euros."
Agencia Financeira
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Preocupante é esta citada dívida, assim como pouco preocupantes seriam as palavras de Correia de Campos ao dizer que relativamente à situação financeira do SNS, este será o terceiro ano consecutivo que, com praticamente o mesmo orçamento nominal (e menor orçamento real), iremos cumprir boas contas, sem pôr em causa a qualidade dos cuidados de saúde. Tal tem sido conseguido com uma gestão muito exigente, e rigorosa, que é essencial à sustentabilidade do SNS” CC a 22-06-2007 em “Que sistema de saúde para Portugal”- Portal da Saúde.
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... não se sabendo que, na senda da estratégia já habitual deste governo, com a divulgação desta insuspeita análise (porque de governamental se trata), assim se prepara a opinião pública para a inevitabilidade de no futuro virem a ser aplicadas as medidas apontadas no Relatório para a Sustentabilidade do SNS.
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Ou deveremos nós confiar nesta outra "análise/afirmação" de que "o Governo reitera que a actual situação financeira do SNS é equilibrada e que, durante o seu mandato, não vai criar um novo imposto ou efectuar alterações às isenções das taxas moderadoras, que abrangem 55 por cento da população" ? Portal da Saúde 08-06-2007
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Em que ficamos então?
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