domingo, maio 13, 2007

Correia de Campos esconde, ARS divulga...


Enquanto Correia de Campos considera não ser oportuno (para já) fazer a divulgação (concerteza que a aplicação também) das medidas preconizadas no relatório sobre a Sustentabilidade Financeira do Serviço Nacional de Saúde, o presidente da Comissão que o redigiu, vai dando a conhecer as linhas gerais do mesmo, não vá ficar esquecido na gaveta o resultado de tanto trabalho realizado.

E fá-lo até com o patrocínio da Administração Regional de Saúde do Algarve que ao promover uma conferência sobre o tema, convidou o próprio Presidente da Comissão, Jorge Simões, para sobre ele falar.

Considerou a ARS do Algarve ter constituído esta conferência, um importante contributo para uma reflexão sobre o tema da sustentabilidade, ao abordar o conferencista a evolução recente das necessidades de financiamento do SNS (à luz do enquadramento constitucional português), ao identificar as diversas modalidades de partilhas de custos da saúde, propor alternativas possíveis e demonstrar o seu impacto na procura de cuidados e na despesa agregada.
Em declarações à RFM pode-se ficar com uma ideia do pensamento de Jorge Simões:
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Jorge Simões

Fonte RFM

Fim dos subsistemas públicos como a ADSE
Revisão do universo de isenções de taxas moderadoras.
Revisão do regime de deduções fiscais em despesas com a saúde.
Selecção económica e clínica não só dos medicamentos mas de todos os equipamentos hospitalares incluídos em áreas de inovação
tecnológica.

E na impossibilidade constitucional de poder ser criado um novo imposto, inventa-se a criação de um seguro público autónomo ou a instituição de contas poupança saúde, propõe-se um aumento de pagamentos directos e uma alteração das comparticipações asseguradas pelo SNS, sugere-se um "opting-out" para coberturas de saúde e a redução da despesa pública noutros sectores.

Terão sido estas recomendações, consideradas por Paulo Kuteev Moreira de “excessivamente economicistas”, que fizeram com que este abandonasse a Comissão antes de concluído o relatório, recomendações estas que a serem aplicadas relegariam para segundo plano ou impossibilitariam o investimento na melhoria das condições de vida e de saúde da população, não permitindo, da mesma forma, o necessário investimento por forma a adaptar os serviços de saúde à realidade das pessoas ao invés de (como actualmente acontece) continuar a “obrigá-las” a se adaptarem, elas próprias, ao sistema de saúde.
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1 comentário:

naoseiquenome usar disse...

Uma nova estratégia de comunicação?!ProTagonizda por quem tem várias "missões",nomeadamente a de ser presidente de um CA de um CH?... :)))

Ultrapassar resistências?
Divulgar o que não se queria divulgar?
Ou... ir "penetrando" nas nossas cabeças?

Grss.