“O Ministério da Saúde retrocedeu e criou um regime de excepção para o funcionamento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) no distrito de Bragança. Ao contrário do resto do país, onde os SAP vão passar a encerrar após as 22 horas, em Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo, Vimioso e Vinhais, aquele serviço vai manter-se aberto entre as 22 e as oito horas, durante a semana, e entre as 20 e as oito, ao fim-de-semana, com um médico de prevenção à chamada e um enfermeiro em presença, para atendimento de casos graves. A nova modalidade entra em vigor no dia 27”JN
Mais um acordo com os autarcas, que mesmo de “gravata preta” e “pressionados” o assinaram.
Mais uma alteração ao previsto.
E mais uma modalidade temporária.
Poder-se-á considerar estarmos perante sinais ténues de “preocupação” pelas consequências duma decisão que já se revelou extemporânea mas que insistentemente se persiste em manter.
Mas o médico de “prevenção à chamada” já existe? Se existe, quais os seu deveres, qual a sua segurança, qual a sua remuneração? Ao abrigo do DL 73/90 no que respeita ao regime de trabalho ou contratado? Foram avaliados os custos-benefícios desta alteração?
E tudo isto mediaticamente é uma vez mais dado a conhecer, ao mesmo tempo que a ARS do Norte ou quem de direito, a 10 dias do prometido dia (25 de Abril) do lançamento de algumas das novas, também temporárias, estruturas de Serviço de Urgência Básico (Fafe e Santo Tirso), nada ainda tenha superiormente definido em termos de competências nem tão pouco dado orientações, aos Centros Hospitalares recém criados, relativas ao garante de meios técnicos (radiologia, análises) e humanos (número e diferenciação) para a sua concretização.
Será que estes protocolos são só para ficar registados como “declarações de intenção”?
Quem terá o poder ou a obrigação de os regulamentar?
Se às ARS compete fazê-lo, então que se apressem sob pena de os foguetes encomendados e as fanfarras contratadas servirem só, quanto mais não seja, para comemorar o dia que para muitos talvez já não fizesse sentido comemorar.
Mais um acordo com os autarcas, que mesmo de “gravata preta” e “pressionados” o assinaram.
Mais uma alteração ao previsto.
E mais uma modalidade temporária.
Poder-se-á considerar estarmos perante sinais ténues de “preocupação” pelas consequências duma decisão que já se revelou extemporânea mas que insistentemente se persiste em manter.
Mas o médico de “prevenção à chamada” já existe? Se existe, quais os seu deveres, qual a sua segurança, qual a sua remuneração? Ao abrigo do DL 73/90 no que respeita ao regime de trabalho ou contratado? Foram avaliados os custos-benefícios desta alteração?
E tudo isto mediaticamente é uma vez mais dado a conhecer, ao mesmo tempo que a ARS do Norte ou quem de direito, a 10 dias do prometido dia (25 de Abril) do lançamento de algumas das novas, também temporárias, estruturas de Serviço de Urgência Básico (Fafe e Santo Tirso), nada ainda tenha superiormente definido em termos de competências nem tão pouco dado orientações, aos Centros Hospitalares recém criados, relativas ao garante de meios técnicos (radiologia, análises) e humanos (número e diferenciação) para a sua concretização.
Será que estes protocolos são só para ficar registados como “declarações de intenção”?
Quem terá o poder ou a obrigação de os regulamentar?
Se às ARS compete fazê-lo, então que se apressem sob pena de os foguetes encomendados e as fanfarras contratadas servirem só, quanto mais não seja, para comemorar o dia que para muitos talvez já não fizesse sentido comemorar.
E como tudo parece ir ficar como está…
Ao menos que a memória do 25 de Abril assim seja lembrada.
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2 comentários:
Bem interessante este post.
Referindo-me apenas ao penúltimo parágrafo creio que não será problema manter o funcionamento dos serviços de análises e radiologia. Os meios técnicos já lá estão, os meios humanos se não forem suficientes, rápidamente serão encontrados, não fosse a lista de desempregados à espera do primeiro emprego um tanto extensa.
E ainda para facilitar a procura, não havendo um concurso público mas um contrato de trabalho, a lista de "cunhas" quer para bacharéis quer para licenciados também deve estar em cima das secretárias dos respectivos gabinetes.:)))
Portugal, um país de eternas surpresas e (des)encantos.
Então não é que a quantidade e gravidade das doenças súbitas, neste cantinho à beira mar plantado, são diferentes à semana e ao fim de semana?
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