domingo, março 18, 2007

já preparados?


A propósito dos “nossos” futuros SUB, SUMC e SUP, transcrevo “ao natural” o conteúdo dum post publicado por autor brasileiro em “Medicina e Saúde em Piracicaba

Urgência e Emergência - qual médico?
Estava pensando nisso estes dias quando assisti uma reportagem sobre a avaliação dos médicos egressos dos mais variados cursos de medicina. No site www.cfm.org.br pode-se ler mais acerca do assunto, mas o que vem em questão é outro aspecto. Na reportagem dizia que a maioria dos médicos que não consegue passar em um curso de residência médica (o qual ele treina para ser especialista) acaba por ser absorvido pelo mercado de trabalho justamente na área de urgência e emergência como plantonista com remuneração por hora. Interessante isto porque em paises desenvolvidos o médico emergencialista (sim, existe especialidade para isso)é um dos mais capacitados a resolver problemas de saúde em múltiplas áreas do conhecimento médico de forma imediata e eficiênte.É um dos profissionais mais bem remunerados sendo contratado em regime como se fosse um CLT pelo hospital e tem plano de carreira. No Brasil ocorre o inverso onde os profissionais menos habilitados (não que sejam incapazes de exercer o ato médico), quero dizer, recém formados com dificuldades socio-ecônomicas e sem residência médica acabam por atuar nestes locais onde o ideal seria ter um profissional experiente e altamente capacitado, com especialização em medicina de urgência e emergência.
Imagino que este paradigma deva ser modificado com esforço da sociedade e quando os gestores de saúde perceberem que um médico inexperiênte nestes setores acabam por elevar os custos dos atendimentos pois não sendo ele capaz de fechar um diagnóstico ele acaba por internar o paciente ou chamar um especialista para avaliar o mesmo, não antes de pedir inúmeros exames eventualmente desncessários
.”

Se para os Serviços de Urgência Médico-Cirúrgicos (SUMC) e Polivalentes (SUP) a composição das equipes de atendimento seja de mais fácil constituição e coordenação, a pouco mais de um mês de serem implementados a maioria dos protocolos acordados entre o MS e as autarquias (referentes aos Serviços de Urgência Básicos - SUB), continua a incógnita e a indefinição do grau de diferenciação e de preparação dos elementos médicos (mínimo 2) propostos para actuar no seu âmbito, para não falar na criação de infraestruturas, equipamento e atribuições destas novas unidades de urgência.
Não basta dizer-se que a decisão de encerramento deste ou daquele serviço deve ser técnica e/ou política, já que as fundamentações (técnicas e políticas) por muito evidentes que sejam, jamais conduzirão aos resultados pretendidos se não forem acautelados os princípios em que essas decisões se baseiam:

Rentabilização, eficiência, segurança e qualidade dos actos médicos a praticar.

E isto ainda continua por fazer...

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