quarta-feira, março 14, 2007

candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos (2)

Miguel Leão apresentou a 13 de Março de 2007 a sua candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos, cuja eleição decorrerá em Dezembro deste ano.
Publicada em TM ONLINE de 2007.03.13, retiro alguns extratos das suas palavras de apresentação, proferidas na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa.
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“Sou candidato em nome de um projecto de Mudança, para Defender e Unir os Médicos. Não sou, por isso, candidato contra ninguém.”
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“(...) O Presidente da Ordem não é detentor de nenhuma forma de poder absoluto, apenas lhe competindo, o que é muito, se o souber e o quiser fazer, ser a voz nacional da Ordem dos Médicos.
Pelo facto da Ordem dos Médicos ser a única organização médica que, obrigatoriamente, filia todos os médicos, o Presidente da Ordem deve procurar a conciliação de interesses, a união de esforços e a promoção de consensos, identificados pelo mínimo múltiplo comum de todos os médicos.”

“(...) Não quero esconder-lhes que algumas das minhas convicções se encontram à direita do espectro político. Mas quero sublinhar também que, no que se refere ao Serviço Nacional de Saúde, considero inaceitáveis quaisquer transformações que ponham em causa a sua vertente essencialmente pública, universal e não discriminatória ou que destruam, de forma directa ou indirecta, o mais importante factor de coesão social da sociedade portuguesa.”

“(...) Foi este Serviço Nacional de Saúde que garantiu, em boa parte graças a existência de carreiras médicas, resultados em saúde absolutamente extraordinários. É por isso que considero imprescindível a concertação estratégica da Ordem dos Médicos com os Sindicatos e Associações Socio-profissionais.Esta concertação é a formula adequada para garantir a existência de uma estrutura de carreira médica em todos os sectores de actividade, que garanta a evolução e a diferenciação técnica de cada médico, que permita uma estruturação de serviços que assegure a qualidade do exercício profissional e da formação médica durante e após o internato, que salvaguarde a liberdade de circulação entre sectores através da atribuição e reconhecimento de títulos de diferenciação equivalentes e que premeie o mérito e o desempenho.”

“(...) É com base nestas convicções que entendo as relações da Ordem dos Médicos com o poder político, seja qual for a sua cor partidária. Ao Presidente da Ordem cabe-lhe, como porta-voz do governo da Ordem, isto é, do Conselho Nacional Executivo, actuar com clareza, transparência, oportunidade, democraticidade, rigor e, sobretudo, com firmeza. Com clareza, para que os médicos, os poderes e a sociedade percebam o sentido, o alcance e a determinação das posições da Ordem dos Médicos. Com transparência, informando os médicos das propostas que veicula em nome da Ordem ou sobre as quais a Ordem é consultada. Com oportunidade, intervindo por antecipação e em tempo útil. Com democraticidade, negociando apenas aquilo para que está mandatado pelo CNE.”

“(...) Impõe-se, pois, que todos os meios informativos da Ordem dos Médicos, nomeadamente a sua Revista, sejam instrumentos de intervenção socio-profissional. Quero por isso garantir-vos que não utilizarei estes meios nem como instrumentos de propaganda pessoal, nem como livro de crónicas nem tão pouco como álbum fotográfico.”

“(...) As relações com os poderes económicos emergentes na área da saúde devem constituir uma preocupação primeira da Ordem dos Médicos. A ausência de carreiras médicas, a proliferação de contratos de trabalho de natureza individual, o consequente crescimento da precariedade laboral e o aparecimento de novos modelos de financiamento dos cuidados de saúde, tem vindo a confrontar e, em variados casos, a afrontar os médicos, com modelos de assalariamento degradantes e condições mais ou menos restritivas de exercício profissional.”

“(...) Perante quaisquer modelos que não assegurem a equidade e a qualidade a que os doentes tem direito nem a liberdade de exercício profissional, torna-se indispensável uma intervenção firme da Ordem dos Médicos que garanta o cumprimento de regras assistenciais que preservem a qualidade da medicina e da assistência aos doentes e que sejam universalmente aplicadas a todos os serviços de saúde, seja qual for a sua natureza jurídica ou o respectivo modelo de gestão.”
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Com estas palavras terá Miguel Leão o meu apoio...
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E a propósito deste novo trabalho dos Ala dos Namorados (que também tem o meu apoio) que dizer do título do CD?
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Mentiroso Normal - "Caçador de Sóis" - Ala dos Namorados


A novidade surge rodeada de novos factores: saiu um elemento, a editora é nova, o vocalista Nuno Guerreiro estreia-se na escrita. Corte imensamente radical com o passado ou uma evolução relativamente normal? (Disco Digital)

«Não leio este trabalho como um corte. Este disco é a consequência natural de todo o percurso da Ala dos Namorados, do nosso amadurecimento enquanto banda. Obviamente que houve um dado novo muito importante – a saída do João – que me deu uma responsabilidade acrescida, já que agora as composições são praticamente todas minhas. Este disco foi feito com muita calma. As gravações em estúdio foram faseadas, não foi um disco gravado de uma só vez, e isso deu-nos a vantagem de ir amadurecendo e ganhando uma nova visão sobre as canções (Manuel Paulo - Ala dos Namorados)

5 comentários:

Pedro Morgado disse...

É um excelente comunciador. Disso nao tenho dúvidas.

Anónimo disse...

"A mentira está por toda parte. Ela é normal. Todos mentimos e quem diz o contrário mente. Temos dificuldade em nos reconhecer como mentirosos porque há um julgamento moral contrário. "

"Contar mentiras é uma tendência tão internalizada no ser humano como a capacidade de falar e caminhar. Não temos a escolha de não mentir. Quem não mente, no sentido estrito da palavra, são os autistas. Para que possamos mentir, precisamos perceber como as pessoas nos vêem. Para quem não entende isso, como os autistas, a idéia de esconder a verdade não faz sentido. Não é por uma superioridade moral, mas por uma deficiência neurológica que os torna inábeis para perceber essa subtileza. Então, com excepção dos autistas, somos todos mentirosos por natureza."

David Livingstone Smith

Anónimo disse...

Um apontamento para o J.F, médico:

" A Mentira da Felicidade

Mentir para nós mesmos pode ser uma maneira de manter a saúde mental. Diversos estudos clássicos a respeito do assunto indicam que pessoas com depressão moderada na realidade enganam menos a si mesmas que aquelas ditas normais. Lauren B. Alloy, da Universidade de Temple, e Lyn Y. Abramson, da Universidade de Wisconsin-Madison, desvendaram essa tendência, manipulando clandestinamente o resultado de uma série de jogos. Indivíduos saudáveis que participaram dos jogos inclinavam-se a levar o crédito quando ganhavam e subestimavam sua contribuição para o resultado quando não se saíam bem. Os deprimidos, entretanto, avaliavam sua contribuição com muito mais precisão. Em outro estudo, o psicólogo Peter M. Lewisohn, professor emérito da Universidade de Oregon, mostrou que os depressivos julgam as atitudes das outras pessoas em relação a eles com maior exatidão que os não-depressivos. Além disso, essa habilidade na realidade degenera à medida que os sintomas psicológicos da depressão melhoram em resposta ao tratamento.

Talvez a saúde mental repouse no auto-engano, e ficar deprimido resulte de uma falha na habilidade de enganar a si mesmo. Afinal de contas, todos vamos morrer, todos os nossos entes queridos vão morrer, e grande parte do mundo vive em abjeta miséria. Portanto, quase não há razões para ser feliz diante desse cenário!"


David Livingstone Smith

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MP

Anónimo disse...

Pois...
Ouvir esta musica bem pela manhã, fica-se com o coração nas mãos...
Obrigada, beijo enorme.
Bom fim de semana.

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Mary Lamb disse...

Todo o trabalho está muito bom!