Tal como o Ministro da Saúde, também Manuel Delgado não teme a fuga de profissionais do sector público para o privado, vaticinada pela Ordem dos Médicos.
O administrador hospitalar declarou ao «TM» que considera que a oferta do sector privado não tem «comparabilidade com a diferenciação de serviços» do SNS. Se bem que, no que toca aos «profissionais de topo», o administrador tenha admitido que eventuais mudanças de sector «podem fazer mossa».
Para evitar a debandada, o presidente da APAH pensa que é positiva a «achega» que Correia de Campos deu ao despacho, «repensando o modelo remuneratório e, simultaneamente, o modelo de horários».
O ministro afirmou, em declarações à Lusa, que os profissionais que quiserem continuar a desempenhar funções de chefia no sector privado, não podem trabalhar mais que 20 horas semanais no sector público. Aliás, a APAH «já tinha sugerido modelos de remuneração a meio tempo», que implicariam para os profissionais uma actividade mais de «consultadoria ou assessoria», assegurou Manuel Delgado.
Esta medida asseguraria, segundo a opinião do gestor hospitalar, «um desfasamento de horários», em que os médicos não entrariam todos à mesma hora, garantindo, desta forma, o prolongamento de horários e «aumentando assim o nível da disponibilidade diária», frisou.
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O dirigente argumentou ainda que os horários a tempo parcial também seriam legítimos nos casos em que as «especialidades não justificam uma equipa médica completa a tempo inteiro», por não haver de listas de espera..
em: TM 1.º CADERNO de 2007.02.050712301C12107RV05E
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6 comentários:
(já não há pachorra par estas questiúnculas. DEsculpe. É capaz de melhor!)
Pena que quem não gosta, se dê ao trabalho de comentar.
Cada um tenta defender sua dama como pode, insistindo, não é assim que a NSQNU faz para defender suas convicções?!:)
Este Delgado é de facto a sublimação do mais perverso que existe nos "nossos" administradores hospitalares.
Discípulos fanáticos de CC, continuam a parasitar o SNS, cientes que quanto pior, melhor (para eles).
A substituição de CC (para quando?) é questão de menor importância, perante a missão que nos cabe, de expurgar o SNS dessas dezenas de sabotadores que infestam o nosso dia a dia.
Caro "anónimo 3"
De acordo consigo.
Mais do que sugerir a substiutição de CC (que pode perfilhar e aconselhar os mesmos objectivos) deve-se exigir que os AH não vejam a medicina (acto médico) dum ponto de vista economicista e/ou laboral ou empresarial, na procura estrita de lucros e de mais valias contabilísticas, mas sob a prespectiva de que representa um bem social, que deve ser alicerçado num trabalho de equipa, que desenvolve boas práticas e que tem em vista a cura ou a prevenção da doença (esta a real mais-valia).
Quem de facto não perfilhe destes princípios não deve fazer parte, como trabalhador, deste SNS.
O meu comentário sobre administradores hospitalares foi mal formulado, e importa ressalvar a generalização que fiz.
Não quis de forma alguma ferir a susceptibilidade dos muitos AH competentes e honestos que (ainda) temos, e que vivem (como nós) amargurados e injustiçados pelos atropelos patrocinados pela tutela.
Já não restam tantos como no passado, e os remanescentes são perseguidos, esvaziados de funções, apontados a dedo e acusados de "resistências".
Hoje, ser honesto, e, pior ainda, ser servidor público, é pecado capital.
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