Afinal o que importa não é a literatura
nem crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio,
nem o ter dinheiro ao lado, de ter horas de ócio.
Afinal o que importa não é ser novo e galante
Ele há tanta maneira de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo:
fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício.
Não é verdade, rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola de peludo
à saída da pastelaria, e lá fora - ah,lá fora! - rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
(Mário Cesariny)
A APIFARMA tem-se mostrado crítica mas responsável e colaborante (Francisco Ramos em “Haja Saúde – RTP2)
Alcoólicos sem apoio devido a falta de sala aqui
Doentes crónicos sem resposta aqui
Asmáticos deixam medicação devido a fraca comparticipação Estado aqui
Distrito de Bragança tem o maior número de casos de febre da carraça no país aqui
Doentes mal alimentados nos Hospitais aqui
Moradores impacientes inauguram centro de saúde aqui
Fecho dos SAP nas Beiras adiado para 2007 aqui
1 comentário:
Somos um pobre país de genbte triste e deprimida, de fado, futebol e fátima. Com capa de verniz.
Onde pequenos feitos dos nossos GOvernantes que não fazem mais do que a sua obrigação, são transformados em grandes feitos e então "abrem-se-nos" sorrisos com ou sem dentes (faço aqui um parentesis, porque por falar em dentes me lembrei de um artigo de um espanhol que analisava os portugueses e dizia que todos tinham telemóvel de última geração que usavam para mostrar os dentes cariados...:).
È tudo tão superficial...
O país real vai implodindo...
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