segunda-feira, dezembro 11, 2006

notícia só para "entendidos" ou para "não se entender"





Onde estará o jornalista?



Dos 13 parágrafos duma notícia, hoje publicada no jornal Público, só consegui entender os que se referem aos Cuidados Continuados a Idosos e às Unidades de Saúde Familiares (por sinal, frases já ouvidas).
E estes parágrafos foram poucos.

Os outros, faço esforço para os tentar entender.

""O ministro da Saúde, Correia de Campos, voltou hoje a pedir à indústria farmacêutica que baixe os preços dos medicamentos antigos, para que os novos fármacos possam ter mais espaço no mercado.
"Eu quero fazer um apelo especial (...): para que haja espaço para novos fármacos, nós temos que baixar os preços dos fármacos antigos", disse Correia de Campos na abertura do 1º Fórum Nacional Sobre o Doente Crónico, que hoje decorre em Lisboa.

"Se os países com os quais nos comparamos fizeram baixas enormes - nós limitámo-nos este ano a seis por cento e no próximo ano a seis por cento - a verdade é que a diferença entre os cem fármacos mais vendidos em Portugal e os compradores internacionais é ainda muito desfavorável em relação a Portugal", adiantou.
Questionado sobre a utilização de medicamentos novos, o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Luís Campos, disse que é necessário seleccionar os doentes que mais beneficiem da nova terapêutica, porque não há possibilidade para todos os doentes.
Contudo, Luís Campos garantiu que até agora "as limitações existentes ainda não se sentem" nos meios médicos.
"É nossa [dos médicos] obrigação ética atender aos recursos" do Serviço Nacional de Saúde, referiu, adiantando que se passar a haver muitos doentes que reúnam as características para que seja prescrita medicação nova, nessa altura terá de haver limitação.
Sobre as doenças crónicas, o ministro referiu que 80 por cento das consultas hospitalares por ano são "consultas repetidas, muitas das quais a doentes crónicos".
De acordo com o ministro, o objectivo do Governo é criar uma boa rede de informação para que os clínicos disponham da situação clínica dos doentes e os possam encaminhar melhor, aumentando a acessibilidade dos doentes.
Para além da baixa dos preços dos medicamentos e da criação de um sistema de informação, que o ministro considerou como fundamental, Correia de Campos evocou outras recomendações, nomeadamente para minorar os efeitos negativos das doenças crónicas, nos próprios doentes e no Sistema Nacional de Saúde.
Correia de Campos sublinhou a reorganização dos cuidados primários, através das Unidades de Saúde Familiares.
"Se nós não vencermos a batalha das Unidades de Saúde Familiares perdemos provavelmente a última oportunidade de reformar os nossos serviços de saúde primários" adiantou.
O ministro realçou ainda a importância dos Cuidados Continuados a Idosos.
"Se não fizermos mais nada no Ministério da Saúde, mas fizermos só isto, teremos feito muito", disse.
""
Público

Será mal dos "Campos" (Correia Campos ou Luís Campos) ?
Destes terem falado na sessão de abertura do 1º Fórum Nacional Sobre o Doente Crónico que hoje decorreu em Lisboa?

Ou será do jornalista?

Espero (mesmo assim triste) que o mal seja do jornalista... Só pode ser.
O Forum, os leitores, Luís e Correia Campos mereciam mais.

2 comentários:

J.F disse...

Desconheço Jyromino...
Se for conveniente ou oportuno, esclareça-me.

naoseiquenome usar disse...

Porque terá post o jornalista, quase toda a "conversa" em discurso directo?

A mim parece-me óbvio: nem ele sabia com tratar o artigo que lhe encomendaram, nem percebeu, por culpa dos declarantes, a mensagem a transmitir.
Aqui estamos, pois. Assim.

Mas o namoro com a IF ainda dará os seus frutos, estes objectivos de CC serão claramente alcançados e compensações terão de vir, através de... nós todos.