Considero importante dar a conhecer as posições dum médico com reconhecidas responsabilidades na área de Cuidados Primários da cidade de Fafe, sobre a proposta de encerramento do Serviço de Urgência do Hospital local, posições estas que foram expressas no jornal “Correio de Fafe” de 3 de Novembro de 2006.
Para quem não sabe o Dr. Raúl Cunha, é médico há já cerca de três dezenas de anos, natural e residente no Concelho de Fafe, foi durante muitos anos Director do Centro de Saúde de Fafe, é membro da Assembleia Municipal de Fafe pelo Partido Socialista e seu representante eleito para a Comissão de Saúde e é coordenador da única Unidade de Saúde Familiar do concelho, recentemente inaugurada com pompa e circunstância por CC.
Diz ele no referido jornal local que a Comissão criada para a reavaliação da rede de SU é “tão competente” que até merece elogios do bastonário da Ordem dos Médicos já que é composta por elementos “de reconhecida capacidade e competência nesta matéria”.
E pergunta:
Então porque será que a Comissão tão competente propõe para Fafe uma solução (encerramento do SU) que levanta tanta agitação? O que realmente temos no Hospital?” Um SU em que “os doentes poli traumatizados graves são enviados para Guimarães”, “um SUMC que nunca existiu enquanto tal” e que a Comissão pretende encerrar.
Então Fafe deve “ficar sem um local onde se possa recorrer em situações de menor gravidade 24 horas por dia?” Não, Fafe “deverá ter é um Serviço de Urgência Básico que sempre foi.”
Afirmando que no momento ainda nada se tenha modificado ao nível do SACU do Centro de Saúde nem deverá ser modificado, já que “tem que ser dada resposta ao nível dos Centros de Saúde e o hospital deve ser reservado para as situações verdadeiramente urgentes.” Mas ao mesmo tempo revela que o que modificou foi o “horário de funcionamento que foi encurtado”.
Esperando que garantido um SUB no Hospital “este continue a receber os doentes da mesma forma e não vejamos de novo regressarem as lamentações da ineficácia do Centro de Saúde e do abuso dos cidadãos ao recorrerem a serviços vocacionados e montados para prestarem outro tipo de cuidados. Quero acreditar que não estejamos a assistir a uma manipulação inqualificável da população de Fafe o que seria verdadeiramente intolerável. Parece-me que se está a fazer uma agitação em torno duma ameaça que não o é verdadeiramente”
Termina no seu artigo com desejos de esperança de com estas reformas que estão a ser feitas na área da saúde nos torne “num País verdadeiramente desenvolvido e Europeu” e que dê “aos Fafenses mais e melhor saúde que é o que realmente a todos nos deve interessar.”
Foi isto que em resumo se leu no Correio de Fafe de 03 de Novembro de 2006-11-09
Quantas contradições.
Quantas dificuldades em defender o que é indefensável.
Quantas dificuldades em defender o que é defensável.
Quantas dificuldades em assumir responsabilidades.
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2 comentários:
Contradições? onde?
Sem óculos bem graduados não conseguimos, até porque não temos elevado QI, atingir tão elequente e aprofundada análise.
Não haverá por aí uma explicadora disponível?
Pode ser que, como somos 2 necessitados, o preço seja amelhor...
Sabe como se vai resolver a situação das urgências em Fafe?
Uma Clínica privada. Simples. É isso que os políticos querem...
Sabe como é, o orçamento de Estado e tal...
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