Apesar de CC, com insistência, afirmar que não são princípios "economicistas" que vão determinar o encerramento de Serviços de Urgência mas sim os de "rentabilização de pessoal e de serviços", não deve o Sr. Ministro da Saúde esquecer os gastos indirectos com a saúde que acrescem com esse encerramento.
Só um exemplo:
"O que um ortopedista, sozinho, consegue resolver num Serviço de Urgência que a Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências pretende encerrar, como é o caso do Serviço de Urgência do Hospital de S.José de Fafe"
1. Os acidentes escolares são, como sempre o foram, frequentes no dia a dia das nossas escolas.
2. Por força da "pressão" dos encarregados de educação por um lado e da "auto-defesa" dos professores e directores das escolas por outro, verifica-se cada vez mais, nos dias de hoje, um afluxo enorme de crianças aos Serviços de Urgência hospitalares durante o período de funcionamento das Escolas.
3. É norma (e o dever obriga) que cada criança seja acompanhada à consulta de urgência por um auxiliar de acção escolar.
4. A maior parte destes traumatismos são de muito pequena ou média gravidade, mas que não invalidam a necessidade de serem diagnosticados e tratados pela especialidade de Ortopedia.
5. A quase totalidade destas crianças é tratada "conservadoramente", isto é, sem necessidade de apoio anestésico ou cirúrgico e com a actuação de um único ortopedista.
6. Pela triagem de Manchester que se encontra em funcionamento na quase totalidade dos Serviços de Urgência Hospitalar, a maioria destas situações traumáticas são passíveis de ter tempos de espera superiores a 2 horas particularmente em Hospitais considerados já nos dias de hoje detentores de Serviços de Urgência Médico-Cirúrgicos.
7. Em Serviços de Urgência como a do Hospital de S. José de Fafe, o acidente escolar depois de triado, observado e tratado, rapidamente liberta o auxiliar e o aluno para regressarem às suas actividades escolares e de acção educativa.
Encerrado um serviço de Urgência numa cidade com população de 53.000 habitantes dos quais 35% tem idades entre os 0 e os 24 anos obrigará a que no futuro, por cada acidente escolar:
a) Tenha que deslocar, pela mesma ordem de razões, a um Hospital com Serviço de Urgência Médico – Cirúrgico mais perto (15 km por exemplo), para além da criança sinistrada, um auxiliar de acção escolar para a acompanhar.
b) Tenha que ser requisitada ambulância para o transporte.
c) Tenham que aguardar depois da triagem, mais de 2 horas para observação, acrescido do tempo para a realização de exames complementares e tratamentos, para além da criança, o auxiliar de acção escolar, os Bombeiros e a ambulância.
d) Tenha que ser contabilizado o tempo de deslocação (ida e volta) dos profissionais e aluno envolvidos.
Assim, por cada acidente escolar devem ser apurados:
· Gastos com os serviços de bombeiros ( kilometragem e tempo de serviço e de espera)
· Tempo dispendido pelos auxiliares de acção educativa (ponderar o pagamento de trabalho extraordinário se o acidente se deu perto do fim do seu horário de trabalho bem como o prejuízo para a Escola fruto da sua ausência prolongada).
· Tempo que o aluno "perdeu" com a ausência da sua actividade escolar com repercussão na sua aprendizagem.
· Tempo de deslocação e gastos do encarregado de educação ou familiar, que avisado do acidente, pondera visitar o aluno no local do atendimento.
Tudo isto multiplique-se por 10 ou 15 que é o número médio diário de acidentes escolares em Fafe… e faça as contas senhor Ministro!
Só um exemplo:
"O que um ortopedista, sozinho, consegue resolver num Serviço de Urgência que a Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências pretende encerrar, como é o caso do Serviço de Urgência do Hospital de S.José de Fafe"
1. Os acidentes escolares são, como sempre o foram, frequentes no dia a dia das nossas escolas.
2. Por força da "pressão" dos encarregados de educação por um lado e da "auto-defesa" dos professores e directores das escolas por outro, verifica-se cada vez mais, nos dias de hoje, um afluxo enorme de crianças aos Serviços de Urgência hospitalares durante o período de funcionamento das Escolas.
3. É norma (e o dever obriga) que cada criança seja acompanhada à consulta de urgência por um auxiliar de acção escolar.
4. A maior parte destes traumatismos são de muito pequena ou média gravidade, mas que não invalidam a necessidade de serem diagnosticados e tratados pela especialidade de Ortopedia.
5. A quase totalidade destas crianças é tratada "conservadoramente", isto é, sem necessidade de apoio anestésico ou cirúrgico e com a actuação de um único ortopedista.
6. Pela triagem de Manchester que se encontra em funcionamento na quase totalidade dos Serviços de Urgência Hospitalar, a maioria destas situações traumáticas são passíveis de ter tempos de espera superiores a 2 horas particularmente em Hospitais considerados já nos dias de hoje detentores de Serviços de Urgência Médico-Cirúrgicos.
7. Em Serviços de Urgência como a do Hospital de S. José de Fafe, o acidente escolar depois de triado, observado e tratado, rapidamente liberta o auxiliar e o aluno para regressarem às suas actividades escolares e de acção educativa.
Encerrado um serviço de Urgência numa cidade com população de 53.000 habitantes dos quais 35% tem idades entre os 0 e os 24 anos obrigará a que no futuro, por cada acidente escolar:
a) Tenha que deslocar, pela mesma ordem de razões, a um Hospital com Serviço de Urgência Médico – Cirúrgico mais perto (15 km por exemplo), para além da criança sinistrada, um auxiliar de acção escolar para a acompanhar.
b) Tenha que ser requisitada ambulância para o transporte.
c) Tenham que aguardar depois da triagem, mais de 2 horas para observação, acrescido do tempo para a realização de exames complementares e tratamentos, para além da criança, o auxiliar de acção escolar, os Bombeiros e a ambulância.
d) Tenha que ser contabilizado o tempo de deslocação (ida e volta) dos profissionais e aluno envolvidos.
Assim, por cada acidente escolar devem ser apurados:
· Gastos com os serviços de bombeiros ( kilometragem e tempo de serviço e de espera)
· Tempo dispendido pelos auxiliares de acção educativa (ponderar o pagamento de trabalho extraordinário se o acidente se deu perto do fim do seu horário de trabalho bem como o prejuízo para a Escola fruto da sua ausência prolongada).
· Tempo que o aluno "perdeu" com a ausência da sua actividade escolar com repercussão na sua aprendizagem.
· Tempo de deslocação e gastos do encarregado de educação ou familiar, que avisado do acidente, pondera visitar o aluno no local do atendimento.
Tudo isto multiplique-se por 10 ou 15 que é o número médio diário de acidentes escolares em Fafe… e faça as contas senhor Ministro!
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