terça-feira, julho 29, 2008

a dedicação exclusiva dos médicos

In Público

"O Governo quer impor aos médicos dedicação exclusiva ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), sem possibilidade de opção por um regime de trabalho parcial com o privado."

"Bastonário considera inviável exclusividade dos médicos no serviço público"
Público

Porque há carência de médicos;
Porque é inconstitucional;
Porque é uma medida destrutiva do SNS;
Porque não é do interesse dos médicos e dos portugueses…

Não será acima de tudo, porque não dá jeito?
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segunda-feira, julho 28, 2008

if "we" ever lose "our" faith in you ...

Terminado este período de “repouso”, regressei hoje ao meu local de trabalho.
Encontrei rostos tristes.

Tão tristes ou ainda mais tristes do que quando os deixei…


… E como eles, triste fiquei…


You could say I lost my faith in science and progress
You could say I lost my belief in the holy church
You could say I lost my sense of direction
You could say all of this and worse but

If I ever lose my faith in you
There’d be nothing left for me to do

Some would say I was a lost man in a lost world
You could say I lost my faith in the people on TV
You could say Id lost my belief in our politicians
They all seemed like game show hosts to me

If I ever lose my faith in you
There’d be nothing left for me to do

I could be lost inside their lies without a trace
But every time I close my eyes I see your face

I never saw no miracle of science
That didn´t go from a blessing to a curse
I never saw no military solution
That didn’t always end up as something worse but
Let me say this first

If I ever lose my faith in you
There’d be nothing left for me to do

"Fields of gold" - Sting

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segunda-feira, julho 07, 2008

números para quê?

Meus amigos:
Pediram-me aqui para “dar as cartas“ apresentando os “números”.


Mas “será que é mesmo preciso apresentar os números”, quando, a ARS do Norte e o CA do Centro Hospitalar do Alto Ave, definidores e executores da política de saúde regional e local (Fafe e Guimarães), desde há muito os conhecem através dos Relatórios de Actividade que lhes chegam às mãos, como fiéis reveladores que devem ser, do que produzem os serviços clínicos da Unidade de Fafe (TODOS ELES)?

Penso não ser necessário...
Porque há muito sabem (e publicamente o reconhecem) que per capitae, o que a Unidade de Fafe produz (em termos de quantidade e qualidade assistencial), faz “inveja” a qualquer serviço homólogo da Unidade de Guimarães e de muitos HH públicos.

Porque sabem (e o SIGIC o comprova) que nenhum doente da área de influência do Hospital de Fafe teve até à data necessidade de recorrer a “vales de cirurgia”, emitidos pelo SIGIC, para verem o seu problema cirúrgico ou ortopédico resolvido em tempo útil, ao contrário dos muitos que se encontram à espera, meses e meses a fio, por pertencerem à área do Hospital de Guimarães.

Porque sabem que o índice “case mix” da Unidade de Fafe, até ao ano da integração no CHAA (2007), sempre foi superior ao da Unidade de Guimarães e que os números de aumento de produtividade (nº doentes tratados, nº de CE, nº cirurgias, taxa de ocupação, demora média, nº de doentes observados em SU), revelam que idêntica superioridade continua a ser expectável já que não houve alteração nos GDH tratados na Unidade de Fafe.

Sabem também que este aumento de produtividade, que não seria de prever em virtude da sangria de profissionais médicos que se verificou nos últimos 12 meses (acrescida da instabilidade criada e da desmotivação sentida a todos os níveis nos seus profissionais), se deveu e deve ao profissionalismo, a uma boa gestão e à competência de todos grupos profissionais intervenientes no tratamento dos doentes na Unidade de Fafe.

Sabem que limitações locais que condicionaram uma redução significativa dos dias de actividade do Bloco Operatório (paralisação por obras, falta de apoio de Internistas no pós-operatório) não impediram que a produção cirúrgica fosse, no primeiro semestre de 2008, superior à do semestre homólogo de 2007.

E quando o CA do CHAA da mesma forma sabe que face à proposta da criação de uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório na Unidade de Fafe (apresentada pelos Serviços de Cirurgia, Ortopedia e Anestesiologia já em Junho de 2007) nunca lhe quis dar luz verde e que igual ausência de concordância existiu perante a disponibilidade apresentada pelo Serviço de Ortopedia, para a realização de cirurgia ortopédica adicional (SIGIC) na Unidade de Fafe…

Então “números” para quê se com estas e muitas mais evidências que aqui poderiam ser apresentadas se pode inferir estarmos perante uma gestão que numa aparente prossecução dos princípio de rentabilização de meios e de capital humano (subjacente à criação dos Centros Hospitalares), sem contraponto algum, cegamente destrói o que de melhor existe no Centro Hospitalar ao tentar alterar a autonomia dos Serviços clínicos da Unidade de Fafe (que o Regulamento Interno do CHAA prevê existirem como tal), anexando-os a serviços que cheios de conflitos internos e de interesses individuais ou de grupo, têm dado prova de não quererem alterar o status quo a que há muito estão habituados e do qual não se querem afastar nem que ninguém os afaste.

Tudo isto com a conivência do CA do CHAA, e aparentemente, e à distância, com a concordância (e conivência também), da ARS do Norte.
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Mas uma vez mais:

Enquanto houver estrada p´ra andar a gente não vai parar !!!
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quinta-feira, julho 03, 2008

até já

Quem sabe se até já ...




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quarta-feira, julho 02, 2008

aviso ao CHAA


"O sistema de saúde deve ser orientado para o cidadão, e não para os profissionais de saúde. Mas, a falta de atenção pelos profissionais, leva necessariamente à ineficiência, à baixa produção, à desmotivação e à inequidade. Se este tipo de distracção pelo essencial se mantiver, daqui a poucos anos não haverá recursos humanos para manter o serviço público de saúde.
Será que é isso que se pretende?"
Relatório de Primavera 2008

Parece ser isso o que pretende o CA do Centro Hospitalar do Alto Ave, quando, por repetidas vezes, se ouve o Presidente do seu CA dizer:

“Quem não estiver bem no Centro Hospitalar… que saia dele” .

Com este tipo de avisos e com a sua pratica de gestão, fundamentada numa reduzida ou nula preocupação com o cidadão, não daqui a poucos anos, mas já nos dias de hoje, tem e terá o CH muitas dificuldades em manter os seus actuais profissionais competentes e dedicados e de encontrar “guerrilheiros” que consigam equilibrar os já muitos amorfos que detém nos seus quadros.
Uns que assim se mostram por interesse pessoal, outros, porque realmente o são.

E quando os “amorfos” detêm a maioria… não há “empresa” que consiga sobreviver.

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